BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne nesta terça-feira (7), no Palácio do Planalto, com o chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, que está próximo de deixar o cargo. A expectativa é de que, até o final desta semana, ele seja substituído pelo publicitário Sidônio Palmeira.

A substituição na Secom vem sendo discutida nos bastidores desde os últimos meses de 2024. Lula já realizou diversos encontros com Sidônio e sua equipe para alinhar os detalhes da futura gestão e as reuniões têm se intensificado nos últimos dias, como na última segunda-feira (6).

Ao mesmo tempo, o presidente da República tenta encontrar uma “saída honrosa” para Pimenta. Uma possibilidade já aventada é a de ele assumir outro cargo no Poder Executivo, como a Secretaria-Geral da Presidência da República, hoje ocupada pelo também petista Márcio Macêdo.

Outra possibilidade seria ele ocupar um cargo de liderança na Câmara dos Deputados. Pimenta é deputado federal pelo Rio Grande do Sul. 

Mesmo antes de assumir a Secom, Sidônio Palmeira tem sido um dos principais conselheiros de Lula e participou de algumas das principais ações da comunicação do governo no fim do último ano, como o pronunciamento de Natal de Lula e o discurso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que anunciou o pacote fiscal junto com a ampliação da isenção do Imposto de Renda.

Segundo assessores, Lula vem se queixando de não ter um marqueteiro no governo, função que foi exercida nos governos anteriores por Duda Mendonça e João Santana.  Além disso, a comunicação tem sido apontada pelo presidente e pela maioria de seus auxiliares como o principal ponto fraco do governo.

Assim como Mendonça e Santana, responsáveis pelas vitórias do petista nas urnas em 2002 e em 2006, o publicitário baiano Sidônio Palmeira trabalhou na campanha de Lula em 2022.  

Este deverá ser apenas o início da reforma ministerial a ser promovida pelo presidente Lula nos primeiros meses de 2025. Após as eleições para a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado, no início de fevereiro, o petista deve promover novas trocas em sua equipe, a fim de reacomodar aliados e partidos de centro e centro-direita.