BRASÍLIA - A Advocacia-Geral da União (AGU) atendeu a um pedido apresentado pela família de Juliana Marins e encaminhará o corpo da brasileira para uma nova perícia quando chegar ao Brasil nesta terça-feira (1º). A publicitária morreu durante trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. Parentes questionam a certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta, que não esclarece quando a brasileira morreu.
Ainda não se sabe se Juliana morreu após aguardar o resgate por quatro dias em condições extremas ou se ela morreu após sofrer, pelo menos, duas quedas na ribanceira. O legisla responsável pela primeira autópsia, feita na última quinta-feira (26), em Bali, indicou que ela morreu logo após a queda por um traumatismo. Imagens de drone feitas após a queda sugerem o contrário: que ela resistiu ao acidente e aguardou dias pelo resgate.
A nova perícia que será feita em território brasileiro poderá atestar se Juliana morreu por omissão de socorro, o que poderia levar à responsabilização das autoridades indonésias pela tragédia. Os trâmites ainda serão negociados em audiência na terça-feira entre AGU, Defensoria Pública da União (DPU) e Estado do Rio de Janeiro. A perspectiva é que a necrópsia seja feita em até seis horas após a chegada do corpo para preservar as evidências, segundo esclareceu a Advocacia-Geral da União em nota nesta segunda-feira (30).
Os detalhes da autópsia serão decididos também na reunião de terça-feira, e, ainda conforme a AGU, a Polícia Federal (PF) indicou que pode assumir o transporte do corpo do aeroporto até o Instituto Médico Legal (IML) onde o procedimento acontecerá.