A audiência pública convocada pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (4) não contou com a participação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em ofício encaminhado à pasta, chefiada por Marcelo Queiroga, lido no início da audiência, a agência informou que: "Esta agência já emitiu seu posicionamento em relação ao tema 'vacinação contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos', o qual se encontra público e disponibilizado às diversas autoridades médicas, sociedade e a este Douto Ministério da Saúde".
O parecer da Anvisa favorável à aplicação da dose pediátrica da vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 para crianças foi emitido no dia 16 de dezembro.
Desde que o tema começou a ser discutido na Anvisa, diretores e servidores da agência passaram a sofrer ameaças contra si e seus familiares.
Uma dessas ameaças foi proferida pelo próprio presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), durante uma live divulgada no dia 16 de dezembro, quando afirmou que iria divulgar a lista dos nomes dos diretores responsáveis pela decisão sobre a vacina infantil contra o coronavírus.
Segundo levantamento feito pela agência, entre os dias 16 e 27 daquele mês, foram recebidos mais de 160 e-mails com ameaças, incluindo de morte, aos técnicos e diretores. A Polícia Federal está investigando o caso.
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