O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou nesta sexta-feira (6) que o Rio de Janeiro não está lidando mais com o confronto entre o crime organizado e a milícia, mas uma "verdadeira máfia". Ele deu a declaração ao comentar o crime ocorrido na Barra da Tijuca, na madrugada desta quinta-feira (5), em que três médicos morreram baleados e um ficou ferido.
“Não estamos falando mais de uma briga de milicianos e traficantes. Estamos falando de uma verdadeira máfia, uma máfia que tem entrado nas instituições, nos poderes, nos comércios, nos serviços e no sistema financeiro nacional”, declarou.
A fala de Castro foi feita à jornalistas após reunião com o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli. Ele afirmou ainda que a motivação política para o crime está "totalmente descartada". Polícia trabalha com a hipótese de que as vítimas foram mortas por engano, já que uma delas se parece com um miliciano.
Na quinta-feira (4), Castro disse não haver dúvida de que se tratou de uma execução. Ele deu a declaração ao portal G1. No X (antigo Twitter), ele também disse que determinou à Polícia Civil que direcione todos os recursos para esclarecer o caso.
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Na quinta, Castro também afirmou que conversou com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que anunciou ter colocado a Polícia Federal à disposição das investigações. Dino levantou a hipótese da relação do crime no Rio com atuação de dois parlamentares.
Uma das vítimas é Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, que é irmão e cunhado, respectivamente dos deputados federais Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ).
Confira quem são as vítimas do crime na Barra: