Governo

Comandante da Marinha nega racismo na rejeição de João Cândido como herói

O Almirante Marcos Sampaio Olsen enviou uma carta ao Congresso pedindo a exclusão do líder da Revolta da Chibata do livro que homenageia figuras nacionais

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 29 de abril de 2024 | 20:11
 
 
 
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O Comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, defendeu nesta segunda-feira (29) o posicionamento contrário da instituição ao projeto de lei que propõe incluir João Cândido Felisberto, líder da Revolta da Chibata, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.

Olsen afirmou que a Marinha se baseou em fatos para se posicionar contra a iniciativa, destacando que não se trata de racismo ou discriminação. Segundo ele, a posição é baseada em fatos e não possui viés ideológico-partidário: "A Marinha é uma instituição que se posiciona pelo mérito".

Em uma carta enviada à Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, o comandante chamou os envolvidos na Revolta da Chibata de “abjetos marinheiros” e classificou o episódio de 1910 como "uma página deplorável da história". 

O projeto de lei está em tramitação na Comissão de Cultura e tem gerado polêmica. Olsen destacou a importância de reconhecer o marinheiro Marcílio Dias como um verdadeiro herói nacional, em contraponto a João Cândido.

Ele também reforçou que a Revolta da Chibata foi um movimento legítimo contra os castigos físicos na Marinha, mas criticou a maneira como João Cândido conduziu a revolta.

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