Pandemia

CoronaVac não será usada como esquema vacinal primário em adultos

Ministro da Saúde confirmou que imunizante contra a Covid-19 continuará sendo aplicado como primeira e segunda dose apenas em crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos

Por Lucyenne Landim
Publicado em 18 de abril de 2022 | 12:12
 
 
 
normal

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou que a vacina CoronaVac, contra a Covid-19, não deve ser usada no esquema vacinal primário de adultos. O imunizante deve continuar a ser aplicado como primeira e segunda dose em crianças e adolescentes de 5 a 18 anos.

A medida foi anunciada junto aos detalhes sobre o fim do decreto de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), que deve ser pulicado nesta semana e entrar em vigor 30 dias depois. Com isso, insumos de uso emergencial poderão deixar de ser usados, como é o caso da CoronaVac, que não tem registro definitivo.

“Para o esquema vacinal primário em adultos, esse imunizante, penso que é um consenso nos países que têm agências regulatórias do porte da Anvisa, que são os países mais desenvolvidos, ele não é utilizado para o esquema vacinal primário. Ele pode ser usado para esquema vacinal primário aqui no Brasil para faixa etária compreendida entre 5 e 18 anos”, disse Queiroga nesta segunda-feira (18).

Para continuar aplicando o imunizante, a pasta solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária que mantenha as autorizações emergenciais de insumos e da CoronaVac por mais 365 dias. “Esse registro emergencial, o Ministério da Saúde pleiteou à Anvisa que mantivesse esse registro”, acrescentou o ministro. A decisão depende de aprovação pelos diretores da autoridade sanitária.

De acordo com Queiroga, haverá um tempo de transição após o fim da Espin para que normas de enfrentamento à pandemia não sejam anuladas de forma imediata.

O ministro esclareceu, no entanto, que quem iniciou o esquema vacinal com a CoronaVac e ainda não retornou para a segunda dose terá direito a receber o mesmo imunizante. E acrescentou que não há evidências científicas da eficácia da vacina para dose de reforço;

“Como dose de reforço, essa vacina também não tem evidência científica, já que hoje se valoriza tanto as evidências científicas, e é bom que seja assim, essa vacina não tem evidência científica como dose de reforço, nem como uma primeira dose de reforço, ou com uma segundo dose de reforço”, completou.

O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar as notícias dos Três Poderes.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!