Lula o classificou como “um dos mais importantes conhecedores da África no Brasil”, e disse que o historiador teve um papel fundamental na “necessária” aproximação entre o Brasil e o continente africano, e onde nutrimos, segundo ele, “nossas origens e em cuja ancestralidade alimentamos os nossos saberes”.
“Sobre o rio chamado Atlântico, que Alberto identificou, seguiremos construindo as pontes que ele sonhou. Meu abraço solidário aos filhos, netos e todos os familiares de um dos mais importantes intelectuais brasileiros no século XX”, escreveu no X, antigo Twitter.
Alckmin disse que recebeu com pesar a notícia do falecimento do embaixador Alberto da Costa e Silva, “um dos maiores diplomatas de sua geração e um dos mais influentes estudiosos da cultura africana”.
“Seja pelos postos que comandou na África ou pelos brilhantes livros que escreveu e organizou, Costa e Silva aproximou como poucos as duas margens desse rio chamado Atlântico. Meus sentimentos ao Embaixador Pedro Miguel, aos seus amigos e familiares”, escreveu o vice em sua conta do X.
Costa e Silva era diplomata, poeta, ensaísta, memorialista e historiador. Escreveu mais de 40 livros, entre poesia, ensaio, história, infanto-juvenil, memória, antologia, versão e adaptação. Ele se destacou como um dos maiores especialistas brasileiros em cultura e história da África - continente onde atuou como diplomata por quatro anos, como embaixador do Brasil na Nigéria e no Benin.
Em mais de 30 anos de trabalho como diplomata, também atuou em Portugal, Colômbia, Paraguai, Itália, Espanha, entre outros países. Eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2000, foi o quarto ocupante da Cadeira nº 9, na sucessão de Carlos Chagas Filho. Costa e Silva presidiu a entidade no biênio 2002-2003.