Tentativa

Weintraub vai tentar a prefeitura de SP após perder nas urnas para deputado

Tocando gaita durante uma live, o ex-ministro da Educação anunciou sua pré-candidatura e fez críticas ao seu então aliado Jair Bolsonaro

Por O Termpo Brasília
Publicado em 27 de janeiro de 2024 | 10:51
 
 
 
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O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub anunciou na noite da última sexta-feira (27) que vai disputar a prefeitura de São Paulo como candidato avulso - na prática, sem estar filiado a um partido político. No entanto, conforme a legislação brasileira, não existe a possibilidade de concorrer ao cargo sem estar filiado a uma sigla. Essa determinação está prevista na Lei das Eleições (Lei 9504/1997). 

Na live em que anunciou sua candidatura, Weintraub disse que para contornar isso, ele vai entrar com recursos no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Ainda segundo o ex-ministro, ele quer que o seu número de urna seja o 37. Ele explicou que o número é um de seus salmos da Bíblia Sagrada preferidos, o de São Davi.

Então aliado de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na transmissão ao vivo Weintraub fez críticas ao PL, a Bolsonaro e aos pré-candidatos às eleições na capital paulista, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). Enquanto lançava a candidatura e criticava políticos, ele aproveitou para fumar charuto e tocar gaita ao final do vídeo. 

“Sou pré-candidato à prefeito de São Paulo. Você que tá me escutando não precisa aceitar a chantagem do Bolsonaro, Valdemar (da Costa Neto), (Gilberto) Kassab e Tarcísio de ‘ou você vota no Nunes ou o Boulos ganha’. Talvez eu ganhe, provavelmente não vou ganhar. Mas pelo menos você vai para uma eleição com dignidade. Você não precisa cair na chantagem bolsonarista”, disse.  

Weintraub fez elogios ao ex-ministro do Meio Ambiente e hoje deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), dizendo que ele foi o único nome que chegou a se colocar como pré-candidato e que tinha o seu respeito. Salles, contudo, não deve sair candidato porque o PL irá apoiar Ricardo Nunes. 

Ao deixar o comando do Ministério da Educação em junho de 2020, ocupou a diretoria-executiva no Banco Mundial. O rompimento com a família Bolsonaro ocorreu após ter o nome preterido pelo de Tarcísio de Freitas para o governo de São Paulo. Ele também tentou uma cadeira na Câmara dos Deputados nas eleições de 2022, mas sem sucesso, uma vez que angariou pouco mais de 4.000 votos. Na época, ele apostava que teria 1 milhão de votos. 

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