Maratona por Minas

Haddad vai entregar a Kalil plano de reconstrução do país para antes de 2022

Haddad diz que não há tempo de esperar as eleições e espera que o prefeito da capital ajude nas agendas em Brasília

Por Daniele Franco
Publicado em 24 de fevereiro de 2021 | 17:32
 
 
 
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O primeiro destino escolhido por Fernando Haddad, provável candidato do PT à presidência do Brasil em 2022, em sua maratona pelo país foi Minas Gerais e um dos motivos envolve o prefeito Alexandre Kalil (PSD). O ex-prefeito de São Paulo vai entregar a prefeito de Belo Horizonte um Plano de Reconstrução Nacional do país no pós-pandemia. O encontro está marcado para esta quinta-feira (25).

"A gente vai entregar o plano e discutir ideias que são mais prementes, que estão na ordem do dia, que são a questão dos cortes na educação e na saúde que o [presidente Jair] Bolsonaro está fazendo, das privatizações, então vamos levar uma agenda curta e autoexplicativa", detalhou o petista em entrevista a O Tempo e à Rádio Super nesta quarta-feira (24), antes de encontrar Kalil.

Para Haddad, o prefeito da capital mineira é uma liderança que pode, a partir de BH, ajudar na agenda em Brasília. Apesar de considerar Kalil uma "liderança de voo solo", o ex-ministro confirmou acreditar que o prefeito pode ajudar na interlocução com o PSD, um dos partidos que mais cresceu nas eleições de 2020.

O plano de reconstrução que será entregue é composto por uma lista de ideias que, segundo Haddad, já gerou projetos de lei enviados pela bancada do partido às casas legislativas federais. Para ele, há urgência na discussão desses pontos. "Não dá para esperar 2022", assevera.

Frente ampla

Na entrevista concedida ao programa Alerta Super, da Rádio Super, Haddad corroborou a percepção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que uma frente ampla contra a reeleição de Bolsonaro é uma ideia para o segundo turno.

Questionado sobre as alianças possíveis do PT para o pleito, ele ainda defendeu que os democratas se unam pela derrota de Bolsonaro nas urnas. "Quem estiver na oposição a ele está à esquerda, não tem como, e todos devem se unir em um segundo turno para apoiar quem chegar lá".

Haddad ainda assegura que o que ocorreu em 2018, que levou à vitória do presidente Jair Bolsonaro, não vai se repetir, destacando que, naquela eleição, nas palavras dele, "criaram um mito que não se sustenta".

 

Assista à entrevista completa:

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