BRASÍLIA - O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil - AP), decretou, nesta segunda-feira (21), luto oficial de sete dias no Congresso Nacional em função da morte do Papa Francisco. Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também havia estabelecido uma semana de luto no país.

"Como presidente do Senado Federal, decretei luto oficial de 7 dias em respeito ao Papa Francisco. Essa é uma forma de reconhecer sua trajetória de dedicação ao próximo, sua grandeza moral, espiritual e humanitária, que deixa um legado que transcende fronteiras e religiões", justificou Davi Alcolumbre.

O luto oficial é um ato simbólico em homenagem a pessoas de relevância para o país. Durante esse período, as bandeiras do Brasil são hasteadas a meio mastro nas sedes do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso Nacional e em outras autarquias federais.

Francisco morreu aos 88 anos. Nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio sofria de uma doença pulmonar crônica que o vitimou. A morte do papa acontece um dia após o Domingo de Páscoa, quando ele fez uma breve aparição para abençoar as milhares de pessoas na Praça São Pedro, no Vaticano.

Manifestações de líderes de outros Poderes

O presidente Lula afirmou, por meio de nota, que a humanidade perdeu uma voz de respeito e acolhimento ao próximo e que propagou diariamente o amor, a tolerância e a solidariedade, que são a base dos ensinamentos cristãos. O petista acrescentou na declaração que o argentino também sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisavam.

"Assim como ensinado na oração de São Francisco de Assis, o argentino Jorge Bergoglio buscou de forma incansável levar o amor onde existia o ódio. A união, onde havia a discórdia. E a compreensão de que somos todos iguais, vivendo em uma mesma casa, o nosso planeta, que precisa urgentemente dos nossos cuidados", escreveu.

Ainda de acordo com o presidente, com sua simplicidade, coragem e empatia, Francisco trouxe ao Vaticano o tema das mudanças climáticas, criticou vigorosamente os modelos econômicos que levaram a humanidade a produzir tantas injustiças, e mostrou que esse mesmo modelo é o que gera desigualdade entre países e pessoas.

Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso disse, por meio de nota, que Papa Francisco “encarnou” a espiritualidade verdadeira, que é a expressão do bem, do amor e da paz, com sabedoria, tolerância e compaixão.

“O Papa Francisco encarnou essas virtudes como poucas lideranças nos dias de hoje. E a elas acrescentou o carisma e a empatia. A compreensão em lugar dos dogmas. Num tempo em que há muita escuridão, foi uma luz iluminando a humanidade. A história o reconhecerá como um dos maiores”. 

Já o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declaro que Francisco foi o símbolo do diálogo, do acolhimento, da compreensão e, principalmente, da inclusão.

"Foi o papa que abriu a Igreja e a colocou no século XXI. Um líder que ficará na história pela força dos seus gestos. Eu e minha família seguiremos em oração por este líder que foi símbolo de esperança e justiça”, escreveu no X