'Entrevero' na sala VIP

Acusado de insultar Alexandre de Moraes, Mantovani pede novo depoimento ao STF

Defesa do empresário que se envolveu em discussão com ministro no Aeroporto de Roma também solicita acesso integral às imagens do circuito interno de TV do terminal

Por Hédio Júnior
Publicado em 22 de março de 2024 | 21:18
 
 
 
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A defesa do empresário Roberto Mantovani Filho, que se envolveu em uma discussão com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, no Aeroporto Internacional de Roma, em julho de 2023, protocolou nesta sexta-feira (22) uma petição na Corte pedindo que seu cliente seja novamente ouvido pela Polícia Federal (PF).

A iniciativa foi tomada após a Procuradoria-Geral da República (PGR) requerer ao ministro Dias Toffoli, relator do caso no STF, a realização de novas diligências. O aprofundamento das investigações foi autorizado pela Corte cerca de 40 dias após a PF concluir que houve injúria no caso sem, no entanto, indiciar ninguém.   

Diante disso, o advogado Ralph Tórtima quer que Mantovani possa ser novamente ouvido pelos investigadores para, assim, apresentar novas informações sobre o caso. O defensor pede para o empresário ter acesso às imagens do circuito interno de TV do aeroporto, único material mantido em segredo após a derrubada do sigilo do processo. 

“Esta defesa informa não que se opõe à nova oitiva do investigado Roberto Mantovani,  principalmente em razão do fato de que ele tem informações importantes a complementar sua primeira manifestação. Todavia, requer-se, desde já, que a ele seja concedido, previamente a realização desse ato, o acesso integral às imagens captadas pelo circuito interno de segurança do Aeroporto de Roma, na presença de seu advogado e assistente técnico, ainda que em cartório”, diz a petição.

Ainda no documento, o advogado reclama de ter o “sigilo profissional violado” e requer a retirada das conversas entre ele e seu cliente que teriam sido vazadas e incluídas nos autos, mas acabaram não sendo removidas, como previamente determinado pela Justiça. Tórtima reclama também da ausência de peças no documento que teriam sido apresentadas por ele, mas acabaram não inseridas no processo

“Em síntese, a defesa, que teve e continua a ter seu sigilo profissional violado, está alijada de informações essenciais para o exercício da defesa de seus clientes, em inegável desrespeito aos princípios mais comezinhos do ordenamento brasileiro”, diz a petição protocolada no STF. 

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