Após morte de petista, partidos falarão com Moraes sobre violência política

Partidos de oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PL) montaram duas frentes de atuação após o assassinato do guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda. O petista foi morto em Foz do Iguaçu (PR), no sábado (9), enquanto comemorava seu aniversário de 50 anos, cujo tema da festa era o ex-presidente Lula (PT).

Representantes do PT, PSB, PCdoB, PSOL, PV, Solidariedade e Rede terão audiência nesta terça-feira (12) com o procurador-geral da República, Augusto Aras.

Os partidos vão oficializar o pedido de federalização das investigações em reunião prevista para às 15h, na sede da PGR, em Brasília. A levada do caso para a Justiça Federal vem sendo discutida desde cedo, conforme adiantou a presidente nacional do PT e deputada federal pelo Paraná, Gleisi Hoffmann.

Na quarta-feira (13), os partidos terão audiência com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral  (TSE). Eles pedirão iniciativas do TSE para garantir eleições pacíficas.

Na ocasião, também será entregue o documento “Memorial sobre a Violência Política contra a Oposição no Brasil”.

Entenda o episódio

Tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda foi baleado durante sua festa de aniversário pelo policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho.

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Guaranho não havia sido convidado para a festa, em um clube privado. Segundo relatos, ele chegou armado e gritando no local “Aqui é Bolsonaro!”. Também teria dito que iria “matar todos os petistas”.

Guaranho foi baleado pela vítima, sobreviveu e está internado, sob custódia policial, no hospital municipal Germano Lauck, em Foz do Iguaçu. A Justiça do Paraná decretou sua prisão preventiva nesta segunda-feira (11). 

O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar as notícias dos Três Poderes.