O policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, que matou a tiros o guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT), na noite de sábado (9), foi preso em 2018 por ofender policiais militares do Rio de Janeiro. Na ocasião, ele estaria embriagado e teria se apresentado como policial federal.

Conforme o boletim de ocorrência, registrado em 24 de junho de 2018, a PM foi acionada para verificar uma ocorrência em Guapimirim, região metropolitana do Rio de Janeiro. Antes de chegarem ao endereço onde acontecia uma festa, os policiais foram surpreendidos por Jorge Guaranho, que avançou contra os militares e, ao se apresentar como policial federal, mandou que todos fossem embora do local.

Jorge Guaranho teria ofendido tanto um oficial, que na época era um capitão da PM, quanto um soldado, dizendo que ambos eram “policiais de merda”. Após as ofensas, os policiais algemaram o  policial penal, por ele estar “arredio e muito alterado”, de acordo com o boletim de ocorrência.

O Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão em que Guaranho trabalha desde 2010, informou, em nota, que o servidor respondeu uma sindicância interna pelo caso no Rio de Janeiro e, que após análise, foi considerado “ato da vida privada” e, portanto, sem relação com a vida funcional.

Justiça decretou prisão preventiva de assassino de petista

A Justiça do Paraná decretou, nesta segunda-feira (11), a prisão preventiva de Jorge Guaranho pelo assassinto de Marcelo Arruda.

Tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, a vítima foi baleada durante sua festa de aniversário, na cidade paranaense. Os disparos foram feitos por Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele, que não havia sido convidado para a festa, em um clube privado, chegou armado e gritando “Aqui é Bolsonaro!”. Também disse, segundo  testemunhas, que iria “matar todos os petistas”.

Arruda, que foi candidato a vice-prefeito de Foz do Iguaçu pelo PT em 2020, tinha a decoração da festa de comemoração dos seus 50 anos em homenagem a Lula e ao PT. 

Já Garranho mantém em suas páginas nas redes sociais diversas publicações em favor do armamento da população. Algumas têm imagens do presidente. Ele também exibe foto ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho de Jair.

A Secretaria da Segurança Pública do Paraná informou, na tarde deste domingo (10), que o agente penitenciário está internado em estado grave. A nota foi publicada após a Polícia Civil do estado passar o dia falando em duas mortes. Jorge José da Rocha Guaranho foi autuado em flagrante delito e está custodiado pela pela Polícia Militar em um hospital de Foz do Iguaçu, enquanto recebe auxílio médico.

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