Morreu neste domingo, aos 74 anos, o jurista Antônio Augusto Cançado Trindade, que foi juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos e do Tribunal Internacional de Justiça.
Nascido em Belo Horizonte em 1947, ele formou-se em direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1969 e, posteriormente, tornou-se mestre e doutor em direito internacional pela Universidade de Cambridge. O jurista foi professor no Instituto Rio Branco durante 30 anos e trabalhou por cinco deles, entre 1985 e 1990, como consultor jurídico do Ministério das Relações Exteriores. De 1994 a 2008, ocupou o cargo de juiz dda Corte Interamericana de Direitos Humanos, tendo presidido o tribunal de 1999 a 2004.
Depois, em 2008, quando já estava com 61 anos, foi eleito juiz da Corte Interamericana de Justiça, tendo recebido o apoio de 163 dos 192 país membros da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou nota reiterando a "imensa tristeza" com o falecimento do ex-juiz.
"Humanista por vocação, o Professor Cançado Trindade era um dos principais nomes brasileiros na prática e na doutrina do Direito Internacional, concentrando seus estudos principalmente no ramo dos direitos humanos, área na qual se tornou uma referência mundial", diz a nota do presidente do STF.
A Corte ainda ofereceu conforto a familiares e amigos de Cançado Trindade. "As lições e as inspirações deixadas pelo professor e jurista são um legado valioso para o Brasil, para a Suprema Corte e para o direito brasileiro", completou Luiz Fux.
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