Investigação

Operação mira policiais penais suspeitos de beneficiar presos do mensalão

Policiais penais teriam comprado terrenos com o dinheiro de propina recebida de políticos e empresários presos no complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília

Por Renato Alves
Publicado em 27 de maio de 2022 | 14:35
 
 
 
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Policiais civis cumpriram mandados de busca e apreensão nas casas e empresas de 13 policiais penais de Brasília, na manhã desta sexta-feira (27). A ação visa coletar provas em investigação sobre regalias a políticos e empresários presos por envolvimento no escândalo do mensalão, em troca de propina.

Os policiais investigados teriam cometido os delitos entre 2014 e 2016. Eles trabalhavam no Complexo Penitenciário da Papuda. Regalias, como visitas clandestinas, envolvem os petistas José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoíno, além do publicitário Marcos Valério.

Os policiais penais teriam comprado terrenos com o dinheiro de propina, segundo a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) do Distrito Federal, responsável pela investigação. 

"Tem-se que tais imóveis teriam sido adquiridos por meio de pessoas jurídicas constituídas para o rateio das propriedades", disse a corporação, por meio de nota.

Os mandados foram cumpridos nas regiões administrativa do Riacho Fundo, Samambaia, Recanto das Emas, Gama, Paranoá e Águas Claras. 

O escândalo que ficou conhecido como mensalão, maior do governo do ex-presidente Lula (PT), veio à tona em 2005.

Em entrevista, o então deputado federal Roberto Jefferson, ex-aliado de Lula, acudou deputados federais de vender apoio político à gestão petista, em troca de uma mesada.

Em 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou 25 pessoas por participação no esquema. Desses, 20 receberam penas de prisão e parte dos detentos ficou presa na Papuda.

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