A Polícia Federal (PF) prendeu, na noite desta quarta-feira (28), o dono de um ferro-velho que é suspeito de ajudar a destruir o carro utilizado no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes. O homem foi identificado como Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, e a prisão foi cumprida no Rio de Janeiro.
A operação também foi conduzida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. De acordo com a PF, o dono do estabelecimento recebeu, realizou o desmanche e descartou o veículo usado pelos assassinos para cometer o duplo homicídio, além da tentativa de homicídio contra a assessora da parlamentar. O crime ocorreu em março de 2018.
Orelha já havia sido denunciado pelo Ministério Público em agosto de 2023 porque "impediu e embaraçou as investigações de infrações penais envolvendo organização criminosa, causando sérios prejuízos à administração da Justiça e, por consequência, à busca da verdade real", segundo informações oficiais.
A prisão foi na cidade de Duque de Caxias, após a ordem expedida pela 3ª Câmara Criminal da Capital. O dono do ferro-velho foi conduzido à Superintendência Regional da PF no Rio. No local, passou por formalidades judiciais antes de ser encaminhado para o sistema prisional, para permanecer à disposição da justiça.
Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados a tiros em março de 2018 após uma agenda política. Uma assessora dela foi atingida por estilhaços e sobreviveu. Em janeiro deste ano, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou em entrevista à CBN que o caso será solucionado até o fim do primeiro trimestre deste ano, ou seja, até março.