O Partido dos Trabalhadores pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apuração sobre a origem do dinheiro gasto pelo Partido Liberal (PL) para impulsionar um vídeo do presidente Jair Bolsonaro na internet.
Em dois dias, o PL teria gasto R$ 742 mil para alavancar a divulgação de 15 vídeos na internet. Para o PT, o valor exorbitante caracteriza impulsionamento irregular de conteúdo eleitoral.
De acordo com a ação, a campanha com jingle “Capitão do Povo” foi veiculada entre 22 e 23 de julho, dias que antecederam a convenção que lançou Bolsonaro como candidato à reeleição. Estima-se 81 milhões de visualizações no vídeo.
“O Partido Liberal, em apenas dois dias, gastou com impulsionamento de conteúdo na internet, 143% do que foi gasto por todos os demais nove partidos que formam as dez maiores bancadas na Câmara dos Deputados em 8 meses”, apontaram os advogados dos escritórios Aragão e Ferraro e Teixeira Zanin Martins Advogados, que representam o PT.
A lei eleitoral permite o impulsionamento de conteúdo pago na internet, desde que identificado e que a contratação seja feita exclusivamente por partidos, coligações e candidatos. A liberação também vale para o período da pré-campanha, desde que não haja pedido explícito de votos e que seja respeitada a moderação de gastos.
Para os advogados do PT, o PL não seguiu a moderação dos gastos. Eles pedem que o TSE ordene a interrupção do impulsionamento e apure a origem do dinheiro usado - especialmente para saber se a legenda usou recursos do fundo partidário.
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