Nova gestão

Rosa Weber toma posse na presidência do STF

Ministra é conhecida pelo perfil técnico e reservado. Será a terceira mulher à frente da mais alta Corte do país

Por Fernanda Valente
Publicado em 12 de setembro de 2022 | 17:28
 
 
 
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A ministra Rosa Weber foi empossada presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (12). Aos 73 anos, a magistrada entra para a história como a terceira mulher a ocupar o cargo mais alto do Poder Judiciário, depois das ministras Ellen Gracie (aposentada) e Cármen Lúcia.  

Tendo quase 11 anos de atuação na Corte, Rosa Weber é conhecida pelo perfil técnico e reservado, além da descrição típica de quem se manifesta apenas nos autos dos processos e não costuma se envolver em discussões. É uma das integrantes da Corte que mais privilegia o debate em colegiado. 

Gaúcha de Porto Alegre (RS) e especialista na área trabalhista, Rosa Weber assume a cadeira então ocupada por Luiz Fux. O mandato à frente da Corte será curto: ela ficará até outubro de 2023, quando completa 75 anos e deve se aposentar compulsoriamente. 

Com sua saída, o atual vice-presidente, ministro Luís Roberto Barroso, assumirá o posto. Ele também foi empossado no cargo em cerimônia realizada nesta segunda. 

O STF esperava 1.300 convidados entre chefes de Poder, presidentes dos tribunais superiores e candidatos à Presidência da República. O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, e o ex-presidente Lula (PT) não compareceram por compromissos de campanha. 

Dentre os presentes na posse estavam: o Procurador-Geral da República, Augusto Aras; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco; o presidente da Câmara, Arthur Lira; o governador do DF, Ibaneis Rocha, e o presidente da OAB, Beto Simonetti.

Perfil da presidente

Rosa Weber começou na magistratura em 1976, como juíza do Trabalho. Depois integrou o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), onde também foi presidente de 2001 a 2003. 

De 2006 a 2011, exerceu o cargo de ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), até ser nomeada para o Supremo Tribunal Federal. Foi empossada ministra em dezembro de 2011. 

No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi a primeira mulher a conduzir um processo de eleições gerais no país. Em 2018, a ministra esteve à frente da Corte durante a eleição, marcada pelo compartilhamento e impulsionamento de notícias falsas. A própria ministra já vinha sendo alvo de ofensas e ataques. 

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