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Lula diz que Bolsonaro é o cara que entra em campo e não quer jogar

Petista afirma que presidente quer criar confusão com acusações sobre urnas e CPI da Petrobras para justificar 'uma bobagem qualquer'

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 23 de junho de 2022 | 11:49
 
 
 
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na manhã desta quinta-feira (23) que o atual presidente, Jair Bolsonaro, quer confusão, como um jogador que entra em campo e não quer jogar. Lula criticou a ideia de se criar uma CPI da Petrobras e alfinetou o presidente em seu debate sobre as urnas eletrônicas.

"Esse cidadão está tentando (no debate sobre as urnas) mentir para o povo para depois, quem sabe, possa justificar uma bobagem qualquer. O que ele está com medo na verdade não é da urna eletrônica. Ele está com medo é de povo brasileiro. Ele está sabendo que o povo vai derrotá-lo, e, por isso, ele está com medo. E por isso quer CPI da Petrobras. O que ele quer é confusão. É aquele cara que entra em campo e não quer jogar. Ele quer atrapalhar o jogo", disse Lula m entrevista à rádio Difusora, no Amazonas.
Para Lula, Bolsonaro poderia mexer na política de preços da Petrobras, já que a paridade de preços internacionais foi definida pelo ex-presidente da companhia, Pedro Parente, no governo de Michel Temer (MDB), e não por discussões no Congresso.

"O Bolsonaro não tem coragem (de mexer nos preços). Não tem coragem porque ele tem medo dos acionistas. Ele tem medo e não quer mexer. Então jogou a culpa em cima dos governadores. E pode aprovar o ICMS mas não vai reduzir o preço da gasolina como ele quer. E agora quer fazer uma CPI para quê? Para jogar a culpa em cima da Petrobras? A culpa é do governo. A culpa é do governo e somente do governo. Como a gente não tem governo porque o Bolsonaro não governar... Ele não vai ao Palácio para trabalhar, ele não trabalha, ele só faz fake news", criticou o petista.

Na entrevista ele também foi instado a comentar a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Afirmou que as investigações precisam ser feitas mas que o pastor presbiteriano tem que ter direito de defesa.

"Eu acho que a prisão depende de apuração, depende de prova. Você não pode prender porque vai prender. Você tem prova contra o cidadão? Está provado que ele roubou? Você faz um processo e aí a justiça decide se vai prender ou não. Eu defendo o direito de defesa para todo mundo. O direito de defesa é um valor monumental da democracia desse país e, por isso, eu não sei se já foi investigado. Tem que ter a autorização do juiz para prender. Mas que el foi mau ministro da Educação foi. Aquela reunião dele distribuindo dinheiro pra pastor é uma vergonha nacional", disse.

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