O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve uma indisposição estomacal e não compareceu à reunião com os principais empresários do setor varejista, mas o encontro foi mantido, na quarta-feira (10), em um hotel da zona sul de São Paulo.
Quem assumiu a dianteira da reunião, que durou duas horas, foi o vice na chapa de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), junto ao ex-ministro e ex-senador Aloizio Mercadante, que coordena o programa de governo do PT.
Entre os 60 empresários presentes, estavam Luiza Trajano, dona do grupo Magazine Luiza, e Flávio Rocha, dono da Riachuelo. O encontro foi organizado pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), que também se reunirá com os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) neste mês. O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, ainda não confirmou presença.
Os empresários questionaram Alckmin e Mercadante sobre a condução de reformas, com destaque para a tributária e trabalhista, ponto especialmente sensível para a campanha petista, que já começou a reformular os discursos.
No dia anterior, terça-feira (9), por exemplo, durante reunião com empresários da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), Mercadante disse que será feita uma "reforma da reforma trabalhista". Lula e Alckmin também estavam presentes.
O argumento do ex-ministro dos governos petistas é resolver o problema da crescente informalidade no país, que impossibilita aos trabalhadores terem direitos básicos, como férias remuneradas, por exemplo.
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