Lula promete a empresários recuperar a credibilidade internacional do Brasil

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de debate organizado pela Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) com presidenciáveis e prometeu, em vários momentos de suas declarações, que vai recuperar a credibilidade internacional do Brasil, cujo isolamento atual é ilustrado pelo fenômeno de fuga dos investidores.

"Essa coisa do Bolsonaro criar instabilidade, essa convulsão diplomática no mundo, isso vai ser pra nós um filé mignon, Alckmin", disse Lula, nesta terça-feira (9), aos empresários presentes. O ex-governador de São Paulo e vice na chapa de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), também estava presente.

"Quando nós dois chegar [sic], que eles perceberem o sabor de 'lula com chuchu', esse Brasil vai voltar a crescer e vocês empresários vão voltar a ser respeitados, vocês vão ser tratados com a deferência que merecem nas relações internacionais", completou o ex-presidente.

Segundo Lula, a retomada da credibilidade também passa por investimentos na preservação ambiental e melhorias das políticas de combate ao desmatamento, grilagem e garimpo ilegais. 

"A Europa vai definitivamente compreender que se quiser investir no Brasil pra que a gente cuide da questão climática, ela vai ter aqui gente com disposição de enfrentar qualquer grileiro, qualquer garimpeiro, qualquer boiadeiro, qualquer canavieiro que queira invadir áreas que não podem", declarou o petista. "O Brasil precisa reconquistar credibilidade, não precisa perder a soberania. A questão climática hoje não é uma coisa secundária, é uma coisa prioritária pra gente ganhar respeito e dinheiro", finalizou.

Os empresários da Fiesp reagiram com aplausos quando Lula prometeu "consertar o país" por meio da reindustrialização, cujos investimentos deverão ser apontados pelas entidades do setor. 

Em outro momento em que foi questionado sobre a proposta de reindustrialização, Lula detalhou um levantamento feito por sua equipe para demonstrar a participação da indústria da China na economia brasileira, como na de eletrodomésticos, eletrônicos, fibra ótica, entre outros, comparando com outros países.

"Não é uma coisa teórica, é muito prática. No que nós somos competitivos? Nós perdemos muito espaço. Os chineses ganharam, se não tudo, quase tudo", afirmou Lula. 

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