ELEIÇÕES 2022

Lula sobre o 'orçamento secreto': 'Maior bandidagem em 200 anos de República'

Ex-presidente petista discursou em ato em Diadema (SP) com Geraldo Alckmin, Fernando Haddad, Márcio França e Guilherme Boulos

Por Luana Melody Brasil
Publicado em 09 de julho de 2022 | 13:24
 
 
 
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de um "ato pela democracia" na cidade de Diadema, no interior paulista. Em seu discurso, neste sábado (9), Lula disse que os cidadãos têm que analisar em quem vão votar nas eleições para não "colocar raposa cuidando do galinheiro", em referência ao chamado "orçamento secreto" do Congresso Nacional.  

"O orçamento secreto é a maior bandidagem em 200 anos de República. Quem administra o orçamento é o governo. O Congresso Nacional legisla e o Judiciário julga. Está tudo bagunçado. Uma das missões que eu e Alckmin vamos ter nesse país é colocar ordem na casa", disse o petista, numa tentativa de contrapor o discurso anticorrupção do adversário, presidente Jair Bolsonaro (PL), que costuma citar os escândalos de corrupção dos governos petistas, como o "Mensalão" e o "Petrolão". 

Pré-candidato à Presidência, Lula estava acompanhado pelo pré-candidato a vice-presidente Geraldo Alckimin (PSB), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), que é pré-candidato ao governo paulista, o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB), pré-candidato ao Senado, e de Guilherme Boulos, pré-candidato à Câmara dos Deputados pelo PSol. 

Em outro momento do discurso, Lula também comentou sobre a "PEC Kamikaze", que está para ser votada na Câmara dos Deputados e tem como propósito dar fôlego de recursos acima do teto de gastos para que o governo Bolsonaro aumente valores de benefícios sociais e crie outros no ano eleitoral.

"Agora essa semana eu vi que ele quer dar R$ 600 pro povo até dezembro, quer dar R$ 1000 pros caminhoneiros até dezembro. Por que esse fascista acha que o povo pode ser comprado, que o povo é gado?", provocou o petista.

"Não recuse o dinheiro não. Se cair pegue, compre comida pro seu filho, um sapatinho pro seu filho, compre o que você quiser. Mas na hora de votar, dá uma banana neles e escolhe quem quer mudar esse país", completou. 

Perto de encerrar o discurso, o ex-presidente ainda contou que alguns petistas foram consultá-lo se deveriam usar a camisa verde e amarela da Seleção Brasileira de futebol no ano da Copa do Mundo, pois o símbolo foi associado aos apoiadores de Bolsonaro.  

"Nós precisamos resgatar essa bandeira, que é do povo brasileiro, é do trabalhador, é das mulheres, é dos negros, é da sociedade brasileira, não é do fascista. Porque os dele quando terminam um ato, vão pra Miami [Estados Unidos] gastar o dinheiro deles, e a gente fica aqui no Brasil", disse Lula, referindo-se a alguns bolsonaristas, como o blogueiro Allan dos Santos, que está foragido nos Estados Unidos e é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por incitação a atos antidemocráticos.

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