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Luzia Ferreira sobre a relação com a CMBH: 'momento de acomodação'

A ex-vereadora da capital, que agora tem a missão de garantir o bom relacionamento entre Executivo e Legislativo, diz que, mesmo após uma disputa tão acirrada pela presidência da Câmara, o diálogo entre os poderes não foi interrompido

Por Ana Karenina Berutti
Publicado em 06 de março de 2023 | 09:32
 
 
 
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A ex-deputada federal e ex-vereadora de Belo Horizonte, Luzia Ferreira (PSD), disse que, depois de uma disputada acirrada pela presidência da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) que acabou “rachando” o Legislativo ao meio, é hora de esperar que as relações entre os vereadores se reacomodem e a própria relação com a prefeitura seja retomada em outras bases. “O momento é de acomodação e nós entendemos isso, mas o importante é que o diálogo entre os poderes não foi interrompido”, pontuou.

Com uma longa trajetória política no currículo, Luzia Ferreira descartou que tenha pretensão de disputar outras eleições sob a alegação de que já deu sua contribuição. Agora, seu papel na política tem sido mais nos bastidores. Ela foi convidada pelo prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), para atuar como interlocutora do Executivo junto à Câmara Municipal e está lotada na Secretaria de Governo.

Segundo a ex-vereadora, passado esse tempo de acomodação, a expectativa é que seja possível discutir os projetos importantes para a cidade. “Tenho certeza de que o trauma que ficou na Câmara é questão superada”, assinalou, na expectativa de que será possível reestabelecer uma relação harmônica entre a prefeitura e o Legislativo.

Semana das mulheres

Nesta semana em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres, o programa Café Política da Rádio Super 91,7 FM preparou uma programação especial e vai convidar mulheres que ocupam ou já ocuparam posições de poder. Nesta segunda-feira (6/3), a convidada foi a ex-deputada e ex-vereadora de Belo Horizonte, Luzia Ferreira (PSD). Ela foi a primeira mulher a presidir a Câmara de BH, entre 2009 e 2011.

Luzia Ferreira contou que, apesar de a democracia estar consolidada no país, ainda existe um grande desafio para que as mulheres possam ocupar espaços de poder, seja na política, nas instituições públicas ou nas empresas privadas. “Houve avanços, mas a nossa presença é muito pequena em relação à participação da mulher na sociedade em todos os níveis”, argumentou.

Segundo Luzia Ferreira, só foi possível para ela disputar uma eleição em 2004, quando sua filha já havia se formado na universidade. “Certamente essa demanda de casa, marido e filhos também afasta as mulheres da política. Embora sempre tenha me envolvido com a militância de movimentos sociais de mulheres desde a década de 70, me senti na obrigação de contribuir e disputar uma eleição para termos mais mulheres no poder”, contou Ferreira, lembrando que começou atuando por três vezes como administradora regional em Belo Horizonte.

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