Dados da Advocacia Geral da União (AGU) mostram que 82.133 pessoas que tiveram o acesso ao auxílio emergencial negado pelo Ministério da Cidadania acionaram a Justiça, até a última terça-feira (29), para tentar receber o benefício. O governo federal estendeu a vigência do programa social até 31 de dezembro deste ano.
 
Em cerca de 24% dos casos (19.419), os órgãos da Procuradoria Geral da União (PGU) elaboraram manifestações favoráveis e encaminharam ao ministério pedindo que a pasta autorizasse o depósito do auxílio emergencial. A forma de pagamento e a quantidade de parcelas depositadas, no entanto, depende de cada decisão judicial.
 
Questionado sobre os números em Minas Gerais, o órgão informou que é difícil precisar a quantidade de processos movidos no Estado, uma vez que a PGU atua regionalmente. Mas que, na Primeira Região da Justiça Federal, tramitam 24.607 casos, sendo que pelo menos 1.277 têm como autores mineiros. 
 
Entenda

O auxílio emergencial foi criado para garantir uma renda mínima aos brasileiros em situação de vulnerabilidade social durante o período de calamidade pública em função da pandemia da Covid-19. Inicialmente, a previsão era de que o subsídio seria pago em três parcelas mensais, no valor de R$ 600, e terminaria em julho. Essa quantia, inclusive, foi elevada no Congresso, uma vez que a União defendia R$ 200.

A leitura do Palácio do Planalto foi de que o benefício tem contribuído com a imagem de Bolsonaro entre as pessoas de baixa renda. Por isso, ele foi estendido por mais quatro parcelas, no valor de R$ 300. Segundo o Portal da Transparência, Minas Gerais é o segundo Estado do país com o maior número de beneficiários - 6,3 milhões. Já o valor liberado para os mineiros, até agora, foi de R$ 16,2 bilhões.