O senador Carlos Viana (PSD-MG) afirmou, na tarde desta terça-feira (29), em conversa com a coluna "Minas na Esplanada", ter recebido informações de que a barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, teria se deslocado cerca de 40 centímetros nos últimos seis meses, representando, assim, alto risco geológico em seu funcionamento. A barragem se rompeu na última sexta-feira (25), resultando em centenas de feridos, mortos e, até o momento, desaparecidos.
De acordo com Viana, a Vale sabe da situação, mas afirma que o equipamento falhou e, na verdade, o mapa geológico indica que o deslocamento da barragem se trata de uma "mancha" do aparelho.
"Acredito piamente que a Polícia Federal e o Ministério Público irão descobrir a verdade sobre o que aconteceu em Brumadinho. Se a Vale sabia dos riscos e não tomou providências, a situação fica muito mais grave", alerta o senador mineiro, que foi escolhido, nesta terça, como relator de uma futura CPI das Mineradoras no Senado. Ele acompanha as investigações pessoalmente.
A coluna Minas na Esplanada confirmou, junto a interlocutores da PF, de que o deslocamento da barragem pode ter ocorrido. Os peritos da corporação ainda aguardam documentações para fazer um relatório final sobre o fato.