Em pouco mais de dois anos de governo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se igualou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) quando se trata do número de pedidos de impeachment protocolados na Câmara dos Deputados.

De acordo com levantamento enviado pela presidência da Casa à coluna, foram registrados 68 documentos contra o chefe do Executivo, sendo sete somente neste ano. O cálculo se refere até a última terça-feira (02).

O então presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), arquivou apenas um desses documentos por se tratar de material apócrifo, ainda em fevereiro do ano passado. Outros três foram desconsiderados por falhas e outros dois arquivados por ser material apócrifo.

Afastada do cargo em agosto de 2016, Dilma Rousseff também foi alvo de 68 pedidos de impeachment. No entanto, é preciso considerar no cálculo que, dos 68 requerimentos de que a petista foi alvo, somente 14 foram apresentados no primeiro mandato.

Contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que governou o país entre 2003 e 2010, foram entregues 37 pedidos de impedimento. Ainda segundo o Legislativo, foram protocolados na Casa outros 31 em desfavor de Michel Temer (MDB).

Já Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi alvo de 24 solicitações, enquanto contra Itamar Franco foram apresentados quatro requerimentos. O hoje senador Fernando Collor (PROS-AL), afastado do cargo em 1992, foi alvo de outros 29 pedidos de impeachment.