Com Bolsonaro, deputados mineiros ignoram decreto de uso de máscara em Minas

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apareceu de surpresa, no último sábado (27), em Araguari, no Triângulo Mineiro. E, mesmo com decretos municipal e estadual que obriga o uso da máscara de proteção para evitar a propagação do novo coronavírus, o chefe do Palácio do Planalto ignorou a regra. Parlamentares mineiros que acompanharam o presidente também dispensaram o uso do equipamento em alguns momentos.  

Estiveram com Bolsonaro em aglomeração, o deputado estadual Bruno Engler (PRTB), o coordenador da bancada mineira no Congresso Nacional e líder do PSD na Câmara, Diego Andrade; e os deputados federais Cabo Júnio Amaral (PSL) e Zé Vitor (PL). Esse último, inclusive, foi quem convidou o presidente para a visita, uma vez que a região faz parte da base eleitoral, e foi alvo de uma polêmica na última semana. 

Relator da MP do Emprego -  que abre uma linha de crédito de para custear até dois meses da folha salarial de empresas -, Zé Vitor conseguiu emplacar um ex-assessor no Ministério da Saúde. Ex-secretário parlamentar, Vivaldo Pinheiro Guimarães Junior foi nomeado como coordenador-geral de Saúde Bucal. O deputado nega que essa tenha sido uma indicação dele ou do centrão, maior grupo do Legislativo.

A ida de Bolsonaro em território mineiro não estava prevista na agenda. Também acompanhado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas; e do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, ele sobrevoou a cidade e visitou o 2º  Batalhão Ferroviário do município, onde fica o Centro de Instrução de Engenharia do Exército, que vai cuidar de obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, na Bahia. O presidente também parou na BR-050, onde foi registrada uma aglomeração.  

Capital federal

Em Brasília, a Justiça Federal do Distrito Federal determinou, na última terça-feira (23), que Bolsonaro é obrigado a usar máscara de proteção em todos os espaços públicos e estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços na Unidade Federativa. A decisão foi tomada pelo juiz Renato Borelli, da 9ª Vara Federal Cível. No Distrito Federal, o uso do item de proteção é obrigatório em áreas públicas desde o dia 30 de abril.