Conflito

Em meio a brigas, mineiro não vê divisão no PSL sobre apoio a Bolsonaro

Delegado Marcelo Freitas afirmou que não existe grupo pró-PSL ou pró-Bolsonaro

Por Fransciny Alves
Publicado em 21 de outubro de 2019 | 14:51
 
 
 
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Alguns deputados do PSL de Minas Gerais estão dando explicações públicas sobre a crise no partido, uma vez que o presidente Jair Bolsonaro está em guerra aberta e declarada com o comandante da sigla, o deputado federal Luciano Bivar (PE). Delegado Marcelo Freitas e Charlles Evangelista foram alguns dos políticos que se manifestaram.

Mesmo com as discussões públicas dos membros da agremiação e áudios vazados, em que Delegado Waldir (GO) fala que vai “implodir” o presidente, Freitas disse em nota pública, divulgada em seu perfil no Facebook, que é “importante” deixar claro que não há grupos de deputados federais pró-PSL ou pró-Bolsonaro.

“Todos os parlamentares pertencem ao mesmo partido e todos, sem nenhuma exceção, são apoiadores do presidente Bolsonaro. O que existe é uma divergência de opinião acerca da liderança do PSL na Câmara dos Deputados. Qualquer outra forma de rotular esse assunto é tendenciosa e falsa”, afirmou o político.

Sobre a liderança do PSL ele declarou que sempre foi favorável a eleições diretas e ficou acordado entre os políticos que essa votação iria ocorrer ao término deste ano. Ele também fez questão de ressaltar que apoiou o governo em todas as votações no Legislativo.

“Continuarei firme no combate à corrupção e apoio ao presidente da República enquanto ele realmente quiser combater corrupção, sem jeitinhos, sem flexibilizações pontuais, sem protecionismo a quem quer que seja. Se permanecer intangível esse compromisso mantido com o Brasil, sempre estaremos juntos”, finalizou Freitas.

Também pelas redes sociais, Charlles Evangelista alega que seu posicionamento não é a favor de A ou B e destacou que apoia incondicionalmente o presidente e a resolução dos conflitos dentro do PSL.

“Lutarei por nosso presidente, pelas mudanças que estão sendo realizadas no país através de seu governo, mas também pelos valores que acredito estarem associados ao nosso partido”, acredita.

Ele completa que almeja e confia na permanência de Bolsonaro no PSL, mas ressalta que vai respeitar a decisão do chefe do Executivo se caso optar pela saída da sigla: “Assim como o partido foi essencial para a eleição de nosso presidente, Jair Bolsonaro foi crucial para o crescimento da legenda”.

Entenda

No início da tarde desta segunda-feira (21), Eduardo Bolsonaro (PSL) foi oficializado como novo líder do partido na Câmara após apresentar uma lista com assinaturas de 29 deputados, sendo que apenas uma não foi validada. Era preciso da maioria absoluta da bancada, que conta com 53 nomes.

Em vídeo, Delegado Waldir (GO) também reconheceu a derrota, mas já atua nos bastidores para reverter a situação.

Na última semana, a ala de apoio ao presidente já havia apresentado dois documentos que pediam pela indicação de Eduardo para o posto, mas após uma análise da Secretaria Geral da Mesa (SGM) da Casa prevaleceu a entregue pelo deputado de Goiás, que continha mais assinaturas. 

Esse último documento contou, inclusive, com apoio dos mineiros Delegado Marcelo Freitas e Charlles Evangelista.

Motivo

A queda de braço pela liderança do PSL tem como pano de fundo a briga interna entre Jair Bolsonaro e o presidente da legenda, o deputado federal Luciano Bivar (PE).

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