O secretário do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de Minas Gerais, Germano Vieira, deve permanecer no cargo. Há três meses, ele havia comunicado ao governador Romeu Zema (Novo) que deixaria o cargo para seguir carreira na iniciativa privada. Contudo, após sofrer pressão de setores da área de fora do Estado para que ele permanecesse no comando da pasta, ele teria dito a pessoas próximas que vai ceder e ficar. O comunicado, no entanto, ainda não foi feito ao governador.
Em 14 de maio, Germano enviou uma nota para a imprensa informando que que optou por desligar das atividades no Estado por vontade de se dedicar a novos desafios. Ele ainda havia dito que ficaria à frente da pasta pelo tempo que fosse necessário, até que o governador decida por um substituto: “Como em todo ciclo, o meu chega ao fim. Quero me dedicar a novos desafios. Comandarei a transição para que ela ocorra de forma harmoniosa, sem que haja qualquer tipo de perda para o Estado”.
No último mês, a assessoria de imprensa da Semad atribuiu a demora de transição à pandemia da Covid-19: “Tendo em vista a crise de saúde pública, ocasionado pela pandemia do coronavírus, e a proximidade do pico da doença, o secretário Germano Vieira, a pedido do governo de Minas, decidiu permanecer no cargo até que a situação se normalize”. Até essa segunda-feira (10), o Executivo confirmou 155.075 casos da doença e registrou 3.597 óbitos.
Germano foi o único membro do primeiro escalão do Estado remanescente da gestão de Fernando Pimentel (PT). À frente da pasta, teve que lidar com uma das maiores tragédias do país: o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, que resultou no encontro de 259 mortos e ainda hoje 11 pessoas continuam desaparecidas. Servidor de carreira, ele começou na pasta ainda em 2012, e alcançou cargos de confiança no governo de Alberto Pinto Coelho (2014-2015).