A avaliação de lideranças mineiras no Congresso Nacional é de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se tornou uma espécie de "rainha da Inglaterra" ao se indispor com o Parlamento e membros do seu próprio governo. Os políticos dizem que é preciso separar os termos “máquina pública” e "governo".
É explicado que os ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta; da Economia, Paulo Guedes; da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas; e o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, é quem têm governado o país. Medidas de enfrentamento ao novo coronavírus que foram enviadas ao Legislativo tiveram autoria dos chefes dessas pastas.
E são justamente eles que estão conversando e costurando acordos juntamente com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para que saiam do papel. “Basicamente, deixa o presidente e vamos tocando a vida aqui. O Parlamento e esses ministros é que têm ditado o destinado do país. De tanto Bolsonaro falar que era contra o isolamento, ele foi campeão em matéria de se autoisolar”, afirmou um líder de partido da Casa.
Mesmo sendo apelidado dessa maneira pelos parlamentares, não há hoje nenhum movimento na Câmara ou Senado de força expressiva para um pedido de impeachment de Bolsonaro.