A comissão especial da Câmara que vai analisar o texto da reforma da Previdência pode contar com um mineiro no posto de presidente. O deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) tem sido sondado para a função. Oficialmente, ele nega que já tenha havido convite formal.
Segundo interlocutores, a intenção do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é colocar no comando da comissão um parlamentar mais alinhado com seu grupo político e que já tenha tido experiência na Casa presidindo colegiados com certo destaque. O ideal, para Maia, seria também que esse nome tivesse bom diálogo com a oposição.
Já para a relatoria da comissão, o nome indicado será mais próximo do governo federal, justamente para agradar à base e aos membros da gestão Bolsonaro. Para o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), a reforma tem tudo para passar e ser aprovada pela Câmara, mas precisaria, ainda, de retoques no texto original.
“Do jeito que está, hoje, não vai passar. Tem que mudar a questão dos Estados, a questão rural, algumas coisas. Mas tem tudo para passar, sim”, conta. Ainda segundo o emedebista, a articulação do governo pela aprovação do texto não tem surtido efeito. “A reforma está andando sozinha na Casa, pela consciência dos próprios parlamentares”, completa.