A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto preferiu não responder ao ser questionada pela coluna por qual motivo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) utilizou, desta vez, o nome verdadeiro para a realização do exame para apontar infecção pelo novo coronavírus. Das outras três vezes em que realizou o teste, ele recorreu a pseudônimos para a identificação nos laudos. Na última terça-feira (8), o chefe do Palácio do Planalto disse que testou positivo para a doença.
A demanda foi enviada para a Secretaria de Comunicação da Presidência às 13h54 da última terça-feira, mas a coluna não recebeu qualquer tipo de posicionamento até a publicação dessa nota.
Após voltar de uma viagem oficial aos Estados Unidos, em março, Bolsonaro realizou três exames utilizando os nomes fictícios “Airton Guedes”, “Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz” e “Paciente 05”. Todos eles deram negativo. Na época, a divulgação dos laudos ao Supremo Tribunal Federal (STF) se deu após uma ação movida pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. Isso porque o presidente dizia que não estava com a doença, mas se recusava a mostrar os documentos.
A suspeita ocorreu, principalmente, porque pelo menos 25 membros da comitiva brasileira aos Estados Unidos foram diagnosticados com o vírus quando voltaram ao Brasil. O primeiro a ser detectado foi o secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, também foi um dos infectados.