Após o presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM-AP), anunciar, nesta semana, o cancelamento do recesso parlamentar marcado para julho, membros da bancada mineira já dão como certo que as eleições municipais vão ficar para o fim do ano. Isso porque, historicamente, os políticos utilizam essas “férias” como o início do período eleitoral, passando mais tempo em suas cidades bases do que em Brasília.
Segundo a Constituição, estão previstos dois períodos de suspensão dos trabalhos no Parlamento, entre 23 de dezembro a 1º de fevereiro, e entre 17 a 31 de julho. O cancelamento desse recesso no meio do ano foi por conta da pandemia do novo coronavírus no país. Alcolumbre, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os líderes do Legislativo entenderam que vai ser preciso votar matéria relativas à Covid-19 nesse período.
Como a coluna mostrou, já há um consenso entre líderes partidários nacionais de que não vai ter outro jeito, as eleições municipais deste ano vão ser adiadas por conta da pandemia. O cenário mais simpático aos dirigentes é de que o pleito seja adiado de outubro para dezembro deste ano, com a realização dos dois turnos antes do Natal.
Essa possibilidade já é vislumbrada pelos presidentes do PSDB, Bruno Araújo; do PSD, Gilberto Kassab; do PDT, Carlos Lupi; do DEM, o prefeito de Salvador, ACM Neto; e do Solidariedade, o deputado federal Paulinho da Força. A corrida eleitoral somente pode ser adiada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e os políticos acreditam que vai se ter um consenso em relação a isso.