Os senadores Nelsinho Trad (PSD-MS), Major Olímpio (PSL-SP) e Marcos do Val (Podemos-ES) apresentaram requerimentos, na última segunda-feira (13), para criar na Casa uma comissão temporária externa de parlamentares para verificar, em Angola, a “grave situação dos pastores e bispos da Igreja Universal do Reino de Deus que sofrem perseguição religiosa”, e os atos de violência praticados contra a integridade física desses religiosos brasileiros.
No documento apresentado por Trad e Olímpio, eles solicitam ainda no documento que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), peça ao governo federal a disponibilização uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para realização desta missão diplomática. Se o plenário aprovar a criação do colegiado, ele vai ser formado por oito políticos - quatro titulares e quatro suplentes.
Os dois parlamentares dizem na justificativa do requerimento apresentado por eles que o Parlamento está acompanhando os ataques aos religiosos que estão ocorrendo na Angola, especialmente com bispos e pastores da Igreja Universal. Eles pedem a instalação do colegiado dentro do prazo de 30 dias.
“Além de invasões violentas dentro das igrejas, profissionais e missionários são detidos sem nenhuma razão. Até o momento, a justiça angolana, não apresentou nenhuma medida para resolver essa situação. Diante do exposto, faz-se necessário uma atuação direta do parlamento junto a esses brasileiros na Angola”, escreveram.
Outro pedido
Já Marcos do Val diz que é importante o Legislativo acompanhar de perto os atos de violência contra a integridade física de membros da Igreja Universal do Reino de Deus, dos familiares dele e contra propriedades privadas pertencentes à instituição religiosa.
“Veículos de imprensa noticiam que cerca de 30 propriedades da Igreja Universal do Reino de Deus ainda se encontram ocupadas. Apesar das evidências de transgressão ao direito de propriedade privada, não se verifica empenho por parte das autoridades locais daquele país em resolver a questão”, argumentou.
Ainda segundo ele, por isso é importante que os membros de sua Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Casa, em razão da “aparente inércia do poder público angolano, não pode ficar alheia às perseguições sofridas por esses religiosos, cidadãos brasileiros, que dedicam suas vidas a ações de solidariedade junto àquele povo”.