EMENDAS

Para a deputada Leninha (PT), também houve "orçamento secreto" em Minas Gerais

Segundo a 1ª vice-presidente da Assembleia Legislativa, a aprovação do aumento das emendas impositivas não garante o apoio automático do bloco de oposição ao governo de Romeu Zema (Novo)

Por Ana Karenina Berutti
Publicado em 03 de março de 2023 | 10:19
 
 
 
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A deputada estadual Leninha (PT), 1ª vice-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, disse que, no primeiro mandato do governo do Estado, houve o chamado "orçamento secreto", quando o Executivo repassa recursos para os parlamentares de forma desigual e critérios desconhecidos.

A deputada ainda afirmou que a possível aprovação do aumento das emendas impositivas por parte do governo de Romeu Zema (Novo) "não fará diferença no posicionamento político do bloco de oposição ao governo na Assembleia". De acordo com Leninha, essa medida é "um direito" dos parlamentares que querem "dar transparência ao uso do dinheiro público" para acabar com o "orçamento secreto em Minas". A deputada disse que a Mesa Diretora, da qual faz parte, continua aberta ao diálogo com o governo, o que não quer dizer que a oposição está recuando nas suas pautas prioritárias.

Na avaliação de Leninha, ao concordar com o aumento das emendas impositivas, o governo quer recuperar a relação com a Assembleia Legislativa que foi perdida na última legislatura. Para a deputada, durante o processo de eleição da Mesa Diretora, inclusive da presidência da Assembleia Legislativa, o Legislativo mandou um recado para o governo: "o parlamento não é um puxadinho do Executivo".

Segundo a deputada, os parlamentares da base governo foram "muito beneficiados" com emendas no primeiro mandato de Zema, diferentemente dos deputados da oposição. "Queremos que haja moralidade no uso do dinheiro público", disse Leninha durante entrevista para o programa Café com Política da Rádio Super 91,7 FM, nesta sexta-feira (3/2).

Leninha argumento que, como a bancada federal também está aumentando as emendas impostitivas, os parlamentares mineiros também fizeram a discussão de aumentar as emendas impositivas em Minas Gerais. "Isso para gente é muito importante para acabar com o orçamento secreto. Se tem dinheiro para determinado deputado, tem que ter para todos e todas. Isso é o exercício da transparência e do bom uso do dinheiro público", afirmou.

A parlamentar explicou que a demanda pelo reajuste das emendas impositivas segue o que já foi proposto na Câmara dos Deputados. "Esse aumento foi proposto pelo bloco de oposição no final da legislatura passada e acabou não sendo aprovado", disse. Nesta legislatura, a iniciativa de reapresentar a proposta partiu dos deputados da base governista o que, segundo Leninha, é um recado do governo de que ele entendeu que o mais correto é contemplar de forma igual todos os parlamentares em relação à distruibuição de recursos do orçamento.

Na visão da deputada, independente de quem seja a proposta agora, o mais importante é que a ALMG acompanhe esse reajuste das emendas impositivas da Câmara dos Deputados "para gente poder de fato aplicar os recursos onde a gente atua, lá na ponta, nos municípios".

 

 

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