CÂMARA DE BH

Para Ciro Pereira, vídeo de pedido de cassação era para atingir Gabriel Azevedo

O vereador de BH negou as acusações de prática de 'rachadinha' e a existência de funcionários fantasma em seu gabinete

Por Lucas Negrisoli e Ana Karenina Berutti
Publicado em 13 de fevereiro de 2023 | 09:35
 
 
 
normal

Envolvido no centro da polêmica entre o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), Gabriel Azevedo (sem partido), e o ex-vereador Léo Burguês (União Brasil), o vereador Ciro Pereira (PTB) avaliou a situação com cautela em entrevista para o programa Café Com Política da rádio Super 91,7 FM, nesta segunda-feira (13/2). "Não tenho dúvidas de que foi uma tentativa de atingir o presidente da Câmara para tentar mostrar que ele foi parcial. Mas as denúncias contra mim não têm fundamento nenhum", disse Ciro Pereira.

O vereador foi protagonista de um vídeo divulgado por Burguês pouco antes de ter renunciado ao cargo,. O vídeo mostra o ex-vereador Carlos Henrique (PTB), primeiro suplente do parlamentar, tentando entregar a Gabriel um pedido de cassação por suposta prática de 'rachadinha' e a existência de funcionários fantasma no gabinete. O ex-vereador usou as imagens para acusar o presidente da Casa de prevaricação e parcialidade.

"Não tem fundamento nenhum essa denúncia que foi feita pelo meu suplente, tanto é que ela chegou na Procuradoria da Câmara na segunda e foi arquivada no dia seguinte por falta de provas", disse Ciro Pereira. Para o vereador, dificuldades financeiras podem ter motivado Carlos Henrique a pressionar Gabriel Azevedo para instaurar um pedido de cassação do seu mandato. Ciro Pereira afirmou que não sabia que o seu suplente está passando por dificuldades financeiras e que ficou a par do problema devido à entrevista do Gabriel Azevedo para o Café com Política na última sexta-feira (10/2).

O ex-vereador Carlos Henrique gravou toda a conversa com o presidente Gabriel Azevedo e o vídeo foi exibido por Léo Burguês na sessão da Câmara que votaria a abertura do processo de cassação de seu mandato. Ao ser questionado sobre os motivos que o levaram a não aceitar o pedido de Carlos Henrique. Azevedo explicou que o ex-vereador está passando por dificuldades financeiras e atuou em parceria com Léo Burguês para criar uma "cortina de fumaça" com o objetivo de desviar a atenção da imprensa e da sociedade das denúncias envolvendo o próprio Burguês. 

Em função do vídeo divulgado por Léo Burguês e da acusação de prevaricação, Gabriel Azevedo protocolou uma queixa-crime por calúnia e difamação contra os ex-vereadores Léo Burguês e Carlos Henrique. Na ação, Gabriel acusa os políticos de estarem atuando em conjunto “na tentativa” de criar “uma cortina de fumaça para despistar a imprensa e a sociedade”. 

Gabriel Azevedo disse que o pedido de cassação entregue pelo ex-vereador Carlos Henrique tinha duas páginas e criticou a falta de embasamento para as acusações. "Está achando que é festa? Está achando que tem trouxa na Presidência?", questionou Azevedo. Segundo o presidente da Câmara, a decisão da Procuradoria, que tem uma equipe qualificada, foi de que a peça não tinha as condições mínimas para ser aceita e, na própria segunda-feira (6), foi arquivada. "Era uma tentativa tabajara do suplente de levar a vaga na marra", assinalou Azevedo.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!