Crítica

Para Corrêa, governo Zema não tem habilidade para negociar

Pré-candidato ao Palácio Tiradentes defendeu ainda que estado priorize políticas públicas para pequenos negócios

Por Lucas Morais
Publicado em 17 de maio de 2022 | 11:32
 
 
 
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Durante entrevista ao quadro Café com Política da Rádio Super 91,7 FM, o pré-candidato ao governo de Minas pelo PDT, Miguel Corrêa Júnior, disse que falta habilidade da gestão Romeu Zema (Novo) para negociar. A falta aconteceu quando o ex-deputado foi questionado sobre o reajuste linear para todos os servidores mineiros de pouco mais de 10% neste ano. O tema foi motivo de embates entre governo e Assembleia, além de greves e paralisações da segurança, saúde e educação.

“Uma pauta desse virou uma novela de praticamente um ano por conta da inabilidade política. Há uma necessidade grande de se compreender que os salários estão defasados, mas eu não sou e nem serei favorável a nada que esteja fora da Constituição, tanto a responsabilidade fiscal quanto à possibilidade da Assembleia legislar sobre esse tema. O governo lidou com uma arrogância absurda, não colocou o quadro mais adequado para fazer essa negociação”, argumentou.

Além disso, Miguel Corrêa comparou a arrecadação dos governos Zema e Pimentel -- o ex-deputado foi secretário de estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Segundo o pré-candidato, a atual gestão arrecadou R$ 100 bilhões a mais que o petista, principalmente por conta da explosão do preço dos combustíveis e da energia. “Se o Zema quisesse, pagava um ano de folha inteira e muito mais coisas. Qual foi o esforço que ele fez? O aumento veio por conta do ICMS, justamente pelos combustíveis e a energia”, afirmou.

O ex-deputado criticou a falta de investimentos em infraestrutura no estado e disse que o governo tem R$ 30 bilhões guardados nos cofres. “Poderiamos ter soluções para Minas enquanto a população sofre. É uma visão ultrapassada de um empresário que conhece pouco da gestão pública”, frisou.

Aposta no pequeno negócio

Para o pré-candidato, o estado deve atuar no desenvolvimento dos pequenos empreendedores, e não das grandes empresas. “Eu quero apostar na máquina pública do estado como caminho para as pessoas ganharem dinheiro. Isso significa dignidade e direito ao trabalho. Imagina se eu destinasse R$ 2 bilhões desses R$ 30 bilhões para criar pequenas linhas de financiamento de R$ 20.000 para qualquer projeto pequeno, montar parceria com as unidades que vão acompanhar para ter plano de negócios, de expansão. Em quatro anos, você gera 30% a mais que investiu em impostos”, disse.

Corrêa afirmou que o estado sempre apostou em um modelo simples e menos eficiente. “É o que reduz impostos dos grandes, que geram poucos empregos e o dinheiro sai daqui e vai embora. Se inverte a lógica do incentivo fiscal”.

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