Palácio Tiradentes

Condenado pelo TSE, Miguel Corrêa diz que mantém candidatura em Minas

Tribunal cassou direitos políticos por oito anos por abuso de poder econômico e ex-deputado do PDT disse que vai levar o caso para o STF

Por Lucas Morais
Publicado em 17 de maio de 2022 | 09:24
 
 
 
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Após ser condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico durante as eleições de 2018, quando foi candidato ao Senado pelo PT, o ex-deputado federal Miguel Corrêa Júnior (PDT) disse que mantém a pré-candidatura ao governo de Minas neste ano. Corrêa é a aposta do presidenciável Ciro Gomes para ter um palanque em Minas Gerais e foi o entrevistado pelo quadro Café com Política da Rádio Super 91,7 FM.

O ex-deputado foi investigado por uso de uma empresa pessoal para a contratação de influenciadores digitais para a campanha do PT em 2018. Porém, o pré-candidato negou qualquer repasse de dinheiro para esse público e disse ainda que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Minas Gerais votou pela absolvição no caso por unanimidade. 

“Em nenhum momento da minha vida fui sequer chamado ao Ministério Público ou tive Polícia Federal na porta de casa. Esse processo se trata de eleição e venci a ação no TRE por 6 a 0. Como que eu perdi no TSE? O escritório que me representava sequer me deu ciência que o processo havia ido para Brasília. Assim que tive ciência, consegui trabalhar e ter votos. O relator, Luís Roberto Barroso, fez um discurso de indignação e pela minha absolvição, mas ele passou a ser presidente [do tribunal] e o relator passou a ser Alexandre de Moraes”, explicou o pré-candidato.

Segundo Corrêa, os influenciadores que participaram da campanha à época não receram dinheiro para fazer as postagens nas redes sociais. “Não acharam um único influenciador que recebeu um centavo. E todos eram militantes do Lula, não teve nenhum serviço, era uma prática desse influenciador de esquerda no seu dia a dia. A empresa foi criada para ter mais inteligência e habilidade nessa prática [campanha nas redes sociais]”, enfatizou.

Participação do escritório

Questionado sobre a participação do escritório que eu representou inicialmente, Miguel Corrêa preferiu não se pronunciar. “Eu não quero entrar nesse aspecto, acho que não me cabe responder. Cabe aos donos dos fatos poderem responder e falar. Isso vai ser uma pauta longa”, afirmou. 

Segundo Corrêa, não houve uso de dinheiro público pela empresa. “Por último, abuso de poder econômico para mim é quase inconcebível. A minha empresa, dona do app, eu passei a campanha inteira para tentar resolver isso, e não usar dinheiro público [de campanha] para pagar. Optei por não fazer e, empresarialmente, usei minha cota de pessoa física”, disse.

Por isso, o pré-candidato disse que trabalha apenas com um plano A, que é participar da corrida ao Palácio Tiradentes. Caso a condenação seja mantida pelo STF, o ex-deputado disse que vai adotar uma outra estratégia, mas não quis revelar qual será.

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