CÂMARA DE BH

Para Wanderley Porto, pedido de impeachment do prefeito de BH é uma "chantagem"

O vereador disse que influências externas não devem ocorrer nas eleições da presidência na Câmara. A disputa divide o legislativo em dois grupos, um ligado à presidente Nely Aquino e outro, ao prefeito Fuad Noman

Por Ana Karenina Berutti
Publicado em 08 de dezembro de 2022 | 11:02
 
 
 
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O vice-líder do governo na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), vereador Wanderley Porto (Patriotas), classficou o pedido de impeachment do prefeito da capital, Fuad Noman (PSD), de "chantagem" para pressionar o governo no processo de disputa pela presidência da Câmara. Para o vereador, o impeachment "não tem o menor cabimento". "O impeachment é uma forma de chantagear o governo e sua base na Câmara", pontuou o vereador durante entrevista para o programa Café com Política, do jornal Super N 1ª edição, da Rádio Super 91,7 FM, nesta quinta-feira (8).

Em relação às divergências que vêm dividindo o legislativo da capital com vistas à eleição da presidência, prevista para acontecer na próxima segunda-feira (12/12), Wanderley Porto disse que "influências externas não devem ocorrer na Câmara". Apesar de não ter citado nominalmente quem vem interferindo na disputa, indiretamente ele se referiu à influência do deputado federal Marcelo Aro (PP), aliado de primeira hora da presidente da Câmara, Nely Aquino (Podemos).

A disputa pela presidência da Casa está dividida em dois grupos, um ligado à presidente Nely Aquino e outro, ao prefeito Fuad Noman. Segundo Wanderley Porto, todas essas movimentações em torno do pedido de impeachment não condizem com o que se espera de um legislativo de uma cidade que foi duramente castigada pelas chuvas. "Era o momento de os vereadores discutirem os problemas da cidade e fomos surpreendidos por um pedido relâmpago de impeachment", criticou o vereador.

Para Wanderley Porto, a alegação do pedido de impeachment sobre a ocorrência de nepotismo cruzado na prefeitura de Belo Horizonte não tem embasamento. "As pessoas nomeadas têm currículos e os cargos são de livre escolha do prefeito. Além disso, elas nem tomaram posse ainda. O impeachment não se justifica", afirmou.

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