JUDICIÁRIO

Parlamentares mineiros podem ser investigados por atos em Brasília

Pedido de investigação foi feito pelo PT de Minas ao Ministério Público de Minas Gerais e o procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, já solicitou eventuais provas ao STF e à PGR

Por Ana Karenina Berutti
Publicado em 13 de janeiro de 2023 | 11:21
 
 
 
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O Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais (PT-MG) e a deputada estadual Andréia de Jesus (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), entraram com representação no Ministério Público de  Minas Gerais (MPMG) solicitando a investigação do possível envolvimento de parlamentares e cidadãos mineiros nos atos de vandalismo e terrorismo ocorridos no último domingo em Brasília, bem como nas manifestações em frente à 4ª Região Militar do Exército, na avenida Raja Gabaglia, em Belo Horizonte.

O procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, com base nessas duas representações e em informações recebidas pela Ouvidoria do Ministério Público encaminhou, nesta sexta-feira (12/1), petição à ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e ao subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, solicitando que eventuais provas relacionadas a esses episódios que possam ser de atribuição do MPMG, sejam remetidas à Procuradoria-Geral de Justiça de Minas Gerais. 

"Nós solicitamos o encaminhamento de quaisquer informações, peças, indícios e provas que venham configurar, pelo menos em tese, algum crime da competência da Justiça Estadual para que o Ministério Público de Minas Gerais possa agir", disse Jarbas Soares.

Segundo o procurador-geral, a petição junto ao STF e à Procuradoria-Geral da República (PGR) é para evitar que haja retrabalho nos processos de investigação e para que as investigações do MPMG para identificação de eventual crime e autores sejam nulas. "É preciso que o STF e a PGR definam, primeiramente, o que é de competência do Supremo, o que é competência da Justiça Federal e o que é competência da Justiça Estadual", explicou.

Jarbas Soares disse, ainda, que o MPMG, por meio da força-tarefa recém-criada para investigar esses atos, permanece vigilante e vem trabalhando junto com o Ministério Público Federal e os ministérios públicos dos Estados buscando as provas de envolvimento de pessoas nesses crimes. "Neste momento, nós estamos aguardando definição do STF e da PGR para que encaminhe as informações para que o Ministério Público possa dar prosseguimento a essas ações", pontuou o procurador-geral de Justiça.

 

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