Lideranças de partidos que apoiam o governador Romeu Zema (Novo) irão se reunir em Brasília na noite desta terça-feira (5) para discutirem a formação da chapa do governador. Até o momento, participarão do encontro PP, PL, Avante, Patriota e União Brasil.
Segundo um líder partidário disse à reportagem, há partidos que ameaçam não apoiar Zema caso o grupo não seja contemplado com indicações na chapa. A maior pressão nesse sentido estaria sendo exercida pelo PP, presidido em Minas Gerais pelo deputado federal Marcelo Aro. O desejo da legenda é que ele seja indicado como candidato a vice ou ao Senado na chapa do governador.
Outra liderança afirmou que a reunião não deve ser conclusiva, o que significa que as conversas continuarão ocorrendo. A convenção estadual do Partido Novo será realizada no dia 23, quando o martelo sobre a composição da chapa deverá ser batido oficialmente.
O favorito neste momento para ser o vice de Zema é o jornalista Eduardo Costa (Cidadania). Porém, ele depende do aval do PSDB, que integra a federação com o Cidadania. Nas últimas semanas, os tucanos e o Partido Novo, do governador, trocaram críticas e acusações publicamente.
A tese do PSDB é que o Novo está "fritando" possíveis vices de Zema para, ao final, fazer uma chapa pura e indicar o ex-secretário Mateus Simões (Novo) como vice.
Outra disputa ocorre em torno da vaga ao Senado, que está reservada para um partido aliado já que o Novo não tem candidato próprio. O ex-ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PL), trabalha para ser o escolhido com apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), o que o torna concorrente de Aro.
Conforme mostrou O TEMPO, Zema se encontrou com Bolsonaro em Brasília na segunda-feira (4) e discutiu a formação da chapa. O governador teria dito ao presidente que quer que Eduardo Costa seja seu vice e que Marcelo Aro seja o candidato ao Senado.