Estradas

‘Perdi pai e mãe num acidente de carro’, lembra Simões ao defender concessões

Vice-governador defendeu que o processo de concessões é a única alternativa para manter os investimentos em Minas Gerais

Por O TEMPO
Publicado em 22 de março de 2024 | 13:59
 
 
 
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O vice-governador Mateus Simões (Novo) lembrou da história de sua família para defender o investimento em estradas através das concessões à iniciativa privada. Em entrevista ao quadro Café com Política da FM O TEMPO 91,7 ele falou que a alternativa é “pedágio e estrada” ou “nem pedágio e nem estrada”.

“A gente pode não ter nem o pedágio nem a estrada. Se aparecer para alguém esse é o melhor caminho, para mim não é. Eu perdi pai e mãe num acidente de carro e o irmão mais velho em outro. Eu não acho que ‘não ter a estrada’ seja o caminho. Nós temos que ter estradas boas. Isso passa por pedágio nas estradas de alto fluxo, até para sobrar dinheiro para cuidar das de baixo fluxo, que nunca vão ser pedagiadas, porque elas nunca vão dar o retorno suficiente”, avalia. Os pais de Mateus Simões morreram em acidente de automóvel quando ele tinha 14 anos.

CPI

O vice-governador também comentou a tentativa de alguns parlamentares de iniciar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para investigar as concessões de rodovias mineiras realizadas pela administração estadual.

Mateus Simões afirmou que o atual governo ampliou os investimentos em estradas. De acordo com informações apresentadas pelo vice-governador, serão cerca de R$ 3 bilhões investidos nas rodovias mineiras. Aproximadamente R$ 1 bilhão teria origem nas concessões, evidenciando que este seria o caminho.

“É um pouco de proselitismo. É claro que quando você começa a cobrar o pedágio, quem passa ali com frequência sofre um primeiro impacto. Isso acontece sempre, eu entendo, mas é aquilo que eu digo para a população quando eu vou na cidade, sem pedágio não tem estrada”, argumenta.

“Se quiserem abrir CPI, nós estamos muito tranquilos com todos os processos. Lembrando que nem todos (concessões) são nossos. Tem uma primeira privatização no governo Aécio, depois tem uma concessão do governo Pimentel e aí, sim, nós temos cinco concessões; todas elas estão prontas para serem investigadas. Até as antigas, que a gente acompanha, são todas regulares. Eu só lamento que a discussão seja essa aí. Eu fico me perguntando se efetivamente não sobrou mais nada para ser discutido em Minas Gerais”, diz.

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