A reviravolta que pode resultar na aliança Lula (PT)-Alexandre Kalil (PSD) em Minas, que estava quase fora do radar, mas que agora encaminha para um acerto, esvaziou a pré-candidatura de Saraiva Felipe, do PSB, a governador.
O nome do ex-deputado foi lançado por uma ala do partido no início do mês quando o imbróglio entre PT e PSD estava em evidência e foi a justificativa dada pelo próprio político ao colocar seu nome em apreciação.
Como houve avanços para a confirmação da aliança entre Lula e Kalil no Estado, a possível candidatura de Saraiva Felipe, neste momento, se torna inviável. Isso porque os petistas devem indicar o vice de Kalil.
Antes de se filiar ao PSB, o ex-prefeito da capital foi convidado para fazer parte do PSB. E parte do partido defende apoiar Kalil - e é uma ala numerosa. A posição dessa ala é seguir o o alinhamento da chapa nacional, já que Geraldo Alckmin, do PSB, foi lançado como vice de Lula.
Alguns políticos do PSB defendem que o partido não se distancie desse acordo nacional. E como o PT em Minas deverá caminhar com Kalil, haveria a tendência de o PSB decidir seguir por esse caminho.
No entanto, outra ala quer caminhar com o governador Romeu Zema (novo). O deputado estadual Bernardo Mucida é defensor dessa tese.
Já o presidente estadual do PSB, deputado federal Vilson da Fetaemg, afirmou que é preciso discutir a posição do partido na eleição, e que será a convenção que vai decidir.
"Teremos uma reunião na próxima semana para discutirmos essa nova situação. O PSB é um partido de esquerda, e a gente não pode, na minha opinião, ter um ajeitamento com um ou outro partido só por apoiar. Estou ouvindo as lideranças da legenda, porque temos que discutir essas articulações. A gente sabe que o Zema é forte, principalmente no interior, e o Kalil é mais na região metropolitana. E também vai depender do vice que o PT poderá indicar. Nem Zema nem Kalil são de esquerda, como o PSB. Por isso, temos que discutir na busca de um consenso para que o PSB não entre na rachado na eleição", ponderou.