Problemas técnicos

Problema em vídeochamada força adiamento de depoimento de Pimentel em CPI

Ex-governador disse que não recebeu link para participar da reunião online; Câmara Municipal afirma que ele nunca disponibilizou email para o envio do endereço eletrônico da reunião

Por Pedro Augusto Figueiredo
Publicado em 06 de julho de 2020 | 14:28
 
 
 
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Além do ex-prefeito de Belo Horizonte, Pimenta da Veiga (PSDB), o ex-governador Fernando Pimentel (PT) também prestaria depoimento na manhã desta segunda-feira, 06, na CPI da Andrade Gutierrez.

No entanto, na hora marcada, ele não havia ingressado na sala de videoconferência onde estava sendo realizada a reunião. O depoimento foi adiado para a próxima segunda-feira, 13. Pimentel foi secretário de Fazenda do ex-prefeito Célio de Castro, cuja gestão foi responsável por fechar o acordo para quitação da suposta dívida da Prefeitura de Belo Horizonte com a Andrade Gutierrez. Os pagamentos chegaram a R$ 1,7 bilhão ao longo de 14 anos.

“Fiquei disponível das 10 horas até às 10:45h. Mas não recebi o link para dar acesso à plataforma digital, já que, em função da pandemia, a participação não pode ser presencial e sim via internet”, disse o ex-governador, por meio de nota.

Segundo Pimentel, preocupado, ele acionou o vereador Gilson Reis (PCdoB), que lhe enviou o link. “Porém, ao tentar ter acesso, não consegui por algum problema técnico”.

Em nota, a Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) disse que foi facultado ao ex-governador prestar depoimento presencialmente ou por videoconferência. Caso Pimentel optasse pelo depoimento remoto, ele deveria disponibilizar o e-mail dele para a CMBH enviar o link da reunião, como demonstra ofício enviado à Pimentel que também o notificou sobre a convocação para o depoimento.

"Ocorre que, a despeito das orientações contidas no ofício, o ex-prefeito não contactou a Câmara Municipal de Belo Horizonte até o presente momento", afirma a nota.

O ex-prefeito, Pimenta da Veiga (PSDB), prestou depoimento na manhã desta quinta-feira, 06, por videoconferência. Não houve qualquer incidente ou dificuldade para que ele se conectasse.

O vereador Gilson Reis (PCdoB) disse, durante a reunião, que ao tentar acessar a videoconferência, o ex-governador foi direcionado para uma sala em que apenas ele estava conectado. De acordo com o vereador, o problema tem sido recorrente nas reuniões da comissão. 

“A disponibilização dos recursos digitais que estão sendo utilizados é quase que amadora. A Câmara não gastou um centavo. Eu e [o vereador Pedro] Patrus já entramos duas vezes na reunião desta CPI e fomos pra outra sala, que não tinha ninguém. Temos tido dificuldades para acessar”, disse. 

A plataforma utilizada é o site Jitsi. Procurada, a Câmara Municipal de Belo Horizonte disse que "adota programa de videoconferência gratuito, conforme critérios técnicos estabelecidos por sua Coordenadoria de Informática, e que tem atendido à demanda das reuniões de comissão".

"É importante registrar que a Câmara Municipal disponibiliza aos parlamentares notebooks para o trabalho remoto, não se responsabilizando todavia pela qualidade da conexão residencial dos parlamentares. Afirmações quanto a problemas de conexão ou preferências de parlamentares a respeito do uso de ferramentas de comunicação deverão ser apuradas e comprovadas junto a esses."

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