CÂMARA BH

'Quem não deve, não teme', diz Gabriel Azevedo sobre CPI da Pampulha

O vereador de BH afirma que o pedido de investigação dos problemas da Pampulha não é um jogo interno da Câmara Municipal e sim uma demanda da própria comunidade que vive na região

Por Ana Karenina Berutti
Publicado em 01 de dezembro de 2022 | 12:58
 
 
 
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Segundo o vereador de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo (sem partido), a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar questões envolvendo a região da Pampulha pela Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) não pode ser um recado para a prefeitura ou fazer parte de uma troca política. Favorável à abertura da CPI, o vereador alfinetou o prefeito da capital, Fuad Noman (PSD). "Quem não deve, não teme. Não acho que é recado, porque só é recado para quem decide usar a carapuça", disse.

Gabriel Azevedo evitou comentar sobre a decisão da atual presidente da Câmara, vereadora Nely Aquino (Podemos), de colocar em discussão novamente a criação da CPI da Lagoa Pampulha. Nos bastidores, fala-se que a retomada do assunto em plena disputa pela presidência da Câmara seria um recado de Nely Aquino para o prefeito Fuad Noman (PSD) para que ele não interferisse na disputa pelo comando do legislativo municipal.

"Esse pedido de CPI estava na Câmara há muito tempo e eu sempre cobrei que a presidente Nely abrisse a comissão. E eu insisto que não é por uma questão de jogo interno da Câmara", argumentou Gabriel Azevedo durante entrevista para o Café com Política, do jornal Super N 1ª edição, da Rádio Super 91,7 FM, nesta quinta-feira (1º). Segundo o vereador, se a comunidade que mora na região for consultada se as questões envolvendo a Pampulha devem ser investigadas, ela vai concordar.

O vereador questionou os recursos investidos em aditivos na lagoa da Pampulha e disse todos que passam por ali sabem que o cheiro da lagoa não é normal. Além disso, Gabriel Azevedo falou sobre o Museu da Pampulha que está fechado há muito tempo. Outra questão levantada pelo parlamentar é a lei de uso e ocupação do solo da Pampulha, pois as casas estão sendo abandonadas porque a ideia de uso familiar já ficou no passado.

O vereador disse que já tinha assinado o pedido anterior para a abertura da CPI da Pampulha e que será coerente desta vez. "A CPI não é um recado, é um presente para a cidade porque aquele patrimônio cultural da humanidade merece cuidado e carinho", argumentou Gabriel Azevedo.

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