O coordenador do grupo de trabalho da reforma tributária na Câmara, deputado federal Reginaldo Lopes (PT), acredita que a CPMI de 8 de janeiro não deve tirar o foco do governo para pautar uma agenda social e econômica para o país. "É preciso sair dessa polarização radicalizada. Não acredito que a CPMI vai tirar o foco das pautas importantes para o governo do presidente Lula", afirmou Lopes.
O parlamentar não vê problema em se ter uma polarização das pautas no Congresso Nacional. Lopes defende maior agilidade na aprovação da reforma tributária e do novo arcabouço fiscal. "São propostas que vão dar credibilidade e previsibilidade para a nossa economia", argumentou durante entrevista para o programa Café com Política da Rádio Super 91,7 FM, nesta quarta-feira (27/4)..
Em relação à construção de uma base de apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Lopes afirmou que expectativa é ter uma "base sólida" ainda neste ano. Ele acredita que o governo terá maioria no Congresso para aprovar os projetos de reconstrução das políticas públicas em áreas como educação, saúde e infraestrutura.
Em relação aos 100 dias do governo Lula, o parlamentar ponderou que é preciso considerar o cenário radicalizado do país, mas avaliou que o governo conseguiu os principais programas como Bolsa Família. Lopes destacou as recomposições orçamentárias para as áreas de saúde e educação e o lançamento do programa Minha Casa Minha Vida, que vai gerar empregos. Além disso, o deputado ressaltou os investimentos na ordem de R$ 25 bilhões para a recuperação de rodovias. "Isso é mais do que foi investido nos últimos oito anos", pontuou.