Além de mostrar uma queda na popularidade do presidente Jair Bolsonaro e um apoio à ação do governo no combate à corrupção e na segurança pública, a pesquisa encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostrou também a derrota da truculência e da falta de educação de dois ministros da atual gestão. Entre nove áreas pesquisadas pelo instituto MDA, Meio Ambiente e Educação ficaram na lanterna na pergunta sobre aquelas que tiveram melhor desempenho nos primeiros oito meses do governo de Jair Bolsonaro.

Não é por menos. Abraham Weintraub e Ricardo Salles estão diariamente envolvidos em polêmicas, brigas nas redes sociais e discursos ofensivos. Mesmo quando vão anunciar medidas de governo, optam por criar conflitos desnecessários.  E o brasileiro percebe isso. Não por acaso, tendo a oportunidade de citar duas áreas com bom desempenho nessa primeira parte do governo atual, só 2% citaram o Meio Ambiente e só 2,8% citaram a educação.

Comparem Abraham Weintraub e Ricardo Salles com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ou com o secretário de Privatizações, Salim Mattar, por exemplo. Mesmo Paulo Guedes, que é explosivo, mede melhor as palavras e, gostem ou não de suas políticas, está aí mostrando serviço e apresentando propostas para que o Congresso avalie. Sergio Moro, fritado nos bastidores, segue trabalhando com pragmatismo. Por isso, políticas para a economia, as reformas e privatizações estão logo abaixo do combate à corrupção e da segurança entre as medidas mais lembradas como positivas no atual governo.

Sem resultados, Salles e Weintraub optaram por outra linha. Seus discursos agradam a uma militância radical e só têm um objetivo imediato: garantir apoio interno para que fiquem nas funções, a despeito das péssimas avaliações que ostentam entre os brasileiros comuns.