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Sete em cada dez mineiros pedem algum tipo de mudança política

Maior parte, porém, deseja continuidade a ações da administração no Estado; Desconhecimento do eleitor sobre nomes ajuda Zema a ter maior potencial de voto

Por Ricardo Corrêa
Publicado em 27 de julho de 2021 | 20:00
 
 
 
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Sete em cada dez mineiros querem alguma mudança na administração do Estado a partir da próxima eleição ao Palácio Tiradentes, de acordo com pesquisa exclusiva do DataTempo/CP2. Os números que poderiam indicar uma dificuldade adicional para o governador Romeu Zema (Novo), porém, tornam-se menos áridos para ele em razão de mais da metade desse grupo se contentar com mudanças pequenas. Além disso, o desconhecimento enfrentado pelos demais pré-candidatos à chefia do Executivo também pesa a favor do governador, que lidera com folga a corrida eleitoral a um ano e dois meses da ida às urnas.

Quando questionados sobre o perfil desejado de candidato na corrida eleitoral, 39,8% dos mineiros apontam que gostariam de um nome que mude um pouco a forma como Minas Gerais está sendo administrada, dando continuidade em algumas coisas e mudando outras. Além disso, há ainda 29,5% dos eleitores que querem que o eleito em 2022 mude totalmente a forma como o Estado está sendo gerido. Enquanto isso, os que querem que o escolhido dê continuidade à forma atual como Minas está sendo governada são 27,8%.

Mesmo diante de um desejo de mudanças expresso nos números, Zema lidera a corrida eleitoral graças ao alto potencial de voto e o amplo conhecimento, natural para quem ocupa o cargo de governador já há dois anos e meio. Ele é plenamente conhecido por mais de 90% dos eleitores, enquanto a maioria dos adversários não chega nem mesmo à metade do eleitorado.

De acordo com os números apurados por meio de 1.300 entrevistas feitas pelo DataTempo/CP2, a soma dos que votariam hoje com certeza em Zema com os que poderiam votar nele alcança 60,4%. Por outro lado, os que não votariam no governador de jeito nenhum são hoje 29,7%. Só 8,9% não o conhecem suficientemente para opinar, enquanto 1% não respondeu a essa pergunta.

Mesmo sendo mais conhecido, a rejeição a Zema é semelhante à do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. O nome do PSD não receberia, de jeito nenhum, o voto de 31,5% dos eleitores mineiros. Por outro lado, 34,5% dizem que votariam com certeza no prefeito da capital ou que poderiam votar nele.

Em algumas regiões, o desconhecimento sobre Kalil ultrapassa a metade do eleitorado. É o caso do compilado das regiões Sul e Sudoeste, onde 60,4% dos eleitores alegaram não conhecer o prefeito de BH suficientemente para opinar, e no Vale do Mucuri, onde o mesmo índice chegou a 57,1%.

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Terceiro na lista dos mais conhecidos e tendo seu nome ainda mais em voga após o debate acerca da instalação da CPI da Pandemia no Senado e dos distúrbios entre militares e o Senado, Rodrigo Pacheco (DEM) alcançou 50% de conhecimento do eleitorado. Segundo a pesquisa, hoje, 15,8% dos mineiros votariam com certeza no democrata, ou poderiam votar nele. Por outro lado, a rejeição a Pacheco é semelhante à dos líderes da pesquisa, numericamente à frente, alcançando 33,6%. Como a margem de erro é de 2,72 pontos percentuais para mais ou para menos, as rejeições de Zema, Kalil e Pacheco se equivalem.

Mesmo com a visibilidade do cargo, Pacheco ainda tem índice de desconhecimento acima de 60% na região Central de Minas (66,7%) e no Vale do Mucuri (60,7%).

Entre os pré-candidatos ao governo, os mais desconhecidos são os empresários Rubens Menin e Salim Mattar, o presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM), Julvan Lacerda, e a vereadora de Belo Horizonte, Duda Salabert (PDT), todos com índices acima de 70% de desconhecimento.

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