O 1º secretário-geral da Mesa diretora da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), vereador Ciro Pereira (PTB), criticou o déficit estimado pela Prefeitura da capital para o orçamento do próximo ano. A peça, que tem um “buraco” de R$ 183,3 milhões na comparação entre 2023 e 2024 vai ser votada hoje na CMBH. A redução de recursos para o ano que vem se dá principalmente em áreas sociais, mas o prefeito Fuad Noman disse que esses cortes estão “fora de questão”.
“Que prefeitura é essa do prefeito, conhecido por lidar com finanças, está deixando a cidade no vermelho? O que eu me pergunto, e o cidadão deve se perguntar, é se o prefeito, de fato, tem essa competência para continuar exercendo essa função. [...] Não sei se o prefeito acha que a Câmara Municipal é um banco. Não é”, questionou o vereador em entrevista ao Café com Política, da 91,7 FM.
A crítica de Ciro vai de encontro à trajetória pública de Fuad Noman (PSD) à frente de pastas ligadas à economia. O atual prefeito da capital foi secretário nas gestões do PSDB no governo de Minas entre os anos de 2003 a 2010, sendo um dos responsáveis por ajudar a consolidar o chamado “Choque de Gestão” tucano, carro-chefe das gestões Aécio Neves e Antônio Anastasia. Fuad também foi secretário de orçamento e finanças da capital com seu ex-companheiro de chapa, Alexandre Kalil (PSD), de 2017 a 2020.
Ciro Pereira lançou dúvidas, especificamente, sobre dois pontos em relação ao orçamento de 2024: o valor da passagem de ônibus no próximo ano e qual a disponibilidade de recursos para a prefeitura pagar o piso nacional da enfermagem de 2024 em diante. “Essas são algumas das perguntas que a gente faz que o Poder Executivo não está dando essas respostas”, diz Ciro.
A Prefeitura de Belo Horizonte foi procurada e, assim que se manifestar, o material será incluído nesta reportagem.