O senador Carlos Viana confirmou, em entrevista ao Café com Política da FM O TEMPO 91,7, que deve ir para o Republicanos quando a janela partidária se abrir, em 7 de março deste ano. Como pré-candidato à Prefeitura de BH, ele deve deixar o Podemos para ter mais “segurança jurídica” e “independência política”.
Hoje, o Podemos é controlado pelo secretário de Estado de Casa Civil do Governo de Minas Gerais, Marcelo Aro (Progressistas). A legenda tem como presidente a deputada federal Nely Aquino, muito próxima a Aro. Acontece que o secretário também controla um grupo de cerca de dez vereadores na Câmara Municipal de BH, que hoje compõem a base do prefeito Fuad Noman (PSD).
Assim, o temor de Carlos Viana é de que o Podemos inviabilize sua candidatura, justamente pela proximidade com o concorrente Fuad Noman. "O Podemos é um bom partido. Fui recebido de uma maneira muito especial. Agora, eu preciso de segurança jurídica, que o Republicanos me dá. O Republicanos me fez um convite, porta aberta. São companheiros que eu conheço há muito tempo, inclusive de televisão, que estão dispostos a me abraçar”, disse.
Caso a troca se confirme, seria o oitavo partido diferente da carreira política de Carlos Viana. Entre 2003 e 2009, ficou no PSC. Depois, entre 2009 e 2018, ficou no PMN. Desde 2018, passou por PHS, PSD, MDB, PL e agora no Podemos. “Toda troca de partido gera um desgaste. Apesar de ser necessária, eu não me arrependo de nenhuma delas. Trocar de partido neste momento é sobrevivência política, porque se eu fico num partido, que está em Minas Gerais com outro grupo, a minha candidatura vale muito, me tirar do páreo vale muito em política. Eu tenho que buscar a minha independência", justificou.
A possível filiação de Carlos Viana ao Republicanos mexeria também com o futuro do presidente da Câmara Municipal de BH, vereador Gabriel. Sem partido desde que foi expulso do PRD (antigo Patriota) em 2021, Azevedo tem conversas em andamento com a possível legenda de Viana, justamente para disputar a PBH.